sábado, 3 de dezembro de 2011

Desempenho no provão do 4º bimestre

Veja o seu desempenho no provão do 4º bimestre, clique no link referente à sua sala ao lado.

Observações:

1 - As notas do 4º bimestre, publicarei terça-feira dia 6 de dezembro;

2 - Nas notas do provão, as duas últimas colunas: Hist e Ger referem-se à nota de História, lembrem-se cada atividade vale 2,0 que são somadas.

Publicando novamente Conte com sua vaga

Estamos publicando uma nova versão do texto do Prof. Micaelis. Como a plataforma Blogspot permite muito poucos recursos, veja o texto agora como imagem.


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sábado, 12 de novembro de 2011


CONTE COM SUA VAGA NO ALBERTO CONTE

MAS O QUE É QUE O CONTE TEM?

CONTESCRITA
CONTEBIBLIOFILIA
CONTEXTOS
CONTEPOESIAS
CONTEQUAÇÕES
CONTEGEOMETRIA
CONTEMATEMATIZAÇÕES
CONTEMQUÍMICA
CONTESUBSTÂNCIAS
CONTEPARTÍCULAS
CONTEATÔMICO
CONTENERGIAS
CONTEFÍSICO
CONTEQUÂNTICO
CONTEÓLICO
CONTESOLAR
CONTEMVIDA
CONTECOLOGIA
CONTEGENÉTICO
CONTECOSSISTEMA
CONTEBIODIVERSIDADE
CONTEPRESERVAR
CONTEMIDEIAS
CONTEPARAPENSAR
CONTEFILOSÓFICODIALÉTICO
CONTEMPROCESSO
CONTETRANSFORMAR
CONTEMPORÂNEO
CONTEREPUBLICANO
CONTEGEOPOLITIZAÇÕES
CONTEHISTORIOGRAFIA
CONTEDEMOCRACIA
CONTEREVOLUÇÕES
CONTESSENCIAL
CONTEXISTENCIAL
CONTESOCIALOGICIZAÇÕES
CONTENGLISH
CONTESPANHOL
CONTEFUTEBOL
CONTESPORTERADICAL
CONTEARTE
CONTECINE
CONTEVÍDEO
CONTECÂMERA
CONTEAÇÃO
CONTEATRO
CONTENCENAÇÕES
CONTEMFORMAS
CONTEMCORES
CONTECINTILAÇÕES
CONTECIENTISTAS
CONTEARTISTAS
CONTEJORNALISTAS
CONTESCRITORES
CONTEMPROSA
CONTEMVERSOS
CONTEUNIVERSOS
CONTEAMADO
CONTEMACHADO
CONTECAMÕES
CONTEMÚSICA
CONTEMFOGODASCRIAÇÕES
CONTERRAPLANETÁGUA*
CONTECANÇÕES
CONTEOXIGÊNIO
CONTEMQUERESPIRAR
CONTEPRANA
CONTEVIVO
CONTELIVRE
CONTEABERTO

CONTE ALBERTO CONTE

*

A CANÇÃO TERRA PLANETA ÁGUA, ATUALMENTE CONSIDERADA UM HINO ECOLÓGICO, É DA AUTORIA DE GUILHERME ARANTES.
ENTRE MUITOS, GUILHERME ARANTES É UM DOS ILUSTRES ESTUDANTES FORMADOS PELA
E.E. PROF. ALBERTO CONTE.


*

CONTE ABERTO PARA CADASTRAMENTO.

CADASTRE-SE EM 2011 E, EM 2012,
ESTUDE NA ESCOLA ESTADUAL ALBERTO CONTE.

ATÉ O DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2011.
RUA MÁRIO LOPES LEÃO N.º 120

NO CORAÇÃO DE SANTO AMARO.

IMPORTANTE: PEÇA COMPROVANTE DA INSCRIÇÃO, ESPECIFICANDO SUA OPÇÃO PELA
E.E. PROF. ALBERTO CONTE.


*

CONTE COM A ESCOLA QUE CONTA COM VOCÊ !

*

AOS ESTUDANTES DA TERCEIRA SÉRIE

LEMBRE-SE VOCÊ É UM SER VIVO,
ASSIM COMO UMA ÁRVORE.
QUANDO VOCÊ SAIR DESTE SOLO FÉRTIL,
COLOQUE OUTRA SEMENTE NO SEU LUGAR.
TRAGA UM NOVO ESTUDANTE
PARA O ALBERTO CONTE.
É PRECISO TER RESPONSABILIDADE SOCIAL E PENSAR NOS OUTROS, EM TODA A COMUNIDADE.
O CONTE É COMO VOCÊ, UM ORGANISMO VIVO, NÃO O DEIXE MORRER.
ESTA É A IDEIA QUE DÁ SIGNIFICADO AO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE.

SE VOCÊ GOSTA DA SUA ESCOLA,
NA QUAL PASSOU ALGUNS DOS MELHORES ANOS
DE SUA VIDA,
PRESERVE TAMBÉM A VIDA
DA INSTITUIÇÃO QUE LHE FORMOU.

VOCÊ NÃO É OBRIGADO A FAZÊ-LO.
MAS SE SENTIR GRATIDÃO A ELA,
FAÇA; SIMPLESMENTE, POR AMOR!


PROF. MICHAELIS


*


terça-feira, 8 de novembro de 2011

A VIDA NA AMÉRICA ANTES DA CONQUISTA EUROPEIA - SOCIEDADES MAIA, INCA E ASTECA

Para início de conversa:

Sobre a vida na América antes da conquista europeia a partir do século XV, ou para ser preciso, a partir de 1492 alguns aspectos devem ser destacados. Primeiramente, a respeito da chegada dos europeus por aqui, houve descobrimento, conquista ou apenas um encontro de culturas?
Este assunto parece ser apenas uma questão de palavras, um preciosismo para historiadores. Talvez o seja, mas tentemos algumas reflexões sobre o assunto.
Tradicionalmente, uma visão historiográfica mais conservadora chama este momento como descobrimento. Para explicar esta situação, vamos recorrer ao que fala o professor Carlos Guilherme: “É um dos acontecimentos mais importantes dentre os que definem o início da história moderna. As navegações de Colombo provaram a esfericidade da Terra e permitiram que os europeus entrassem em contato com civilizações que desconheciam. Isso abriu um novo capítulo na história da expansão europeia, marcada pela guerra de extermínio que sucedeu ao longo do período colonial, inclusive nas terras que constituíram o Brasil atual. Houve, sim, genocídio. Os historiadores de hoje até se perguntam se houve um descobrimento ou o ‘cobrimento’ de várias civilizações indígenas. De minha parte, fico com a ideia de ‘cobrimento’!”[1].
Em outubro de 1492 alguns navios chegaram a terras estranhas. O comandante dessa expedição achava que tinha chegado a uma região rica em produtos cobiçados na Europa (as especiarias) e com uma população pronta para negociar com eles. Não foi bem isso. A expedição era composta por três navios espanhóis, comandadas por um genovês (Cristóvão Colombo) e ele havia chegado à ilha de Guanaani[2].
Então a questão que se poderia colocar é porque o continente aonde Colombo chegou não se chamou “Colômbia”, mas sim “América”?
Colombo, segundo suas cartas imaginava ter chegado num prolongamento do continente asiático, imaginava que era alguma ilha a leste de Cipango (como era chamado o Japão na época). Já Américo Vespucio, navegador e cartógrafo florentino já em 1502 após uma viagem ao litoral norte do atual Brasil (no Maranhão e Pará) garantia em suas cartas tratar-se de um novo mundo[3].


MAIAS, INCAS E ASTECAS

Antes de fazermos alguma reflexão sobre estes povos procuremos explicar porque de sua escolha e não de outros. Quando os europeus chegaram ao novo mundo procuravam povos que de alguma forma pudessem comercializar com eles, que tivesse algo que interessasse aos europeus. Estes três povos apresentavam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, e arquitetura cívica e monumental e complexas hierarquias sociais, governos centralizados (com exceção dos maias que se organizavam em cidades-estados), criaram sistemas de escrita (exceto os incas).

MAIAS – habitavam a península do Yucatán, na América Central, alcançando seu apogeu no século VII. Sua economia baseava-se no cultivo de milho, feijão, batata-doce. Eles conheciam o uso do ferro, a roda, o arado e de transporte por animais. A sociedade estava organizada em diversas cidades-estados e eram dirigidos por sacerdotes.
Construíram grandes templos, pirâmides e observatórios de astronomia, criaram um calendário preciso e tinham um sistema de escrita. Praticavam arte da pintura mural e em cerâmica.
Quando os europeus aqui chegaram no século XVI os maias estavam começando a ser dominados pelos astecas.

ASTECAS – Estabelecidos a partir do século XII na região do atual México, tinham construído uma das maiores cidades do mundo na época, Tenochtitlán, tinha no século XV cerca de 200 mil habitantes. Astecas estavam em expansão a partir do século XIV. Sociedade de guerreiros era governada por um rei poderoso.
Plantavam milho, feijão, cacau, algodão, tomate e tabaco. Conheciam práticas comerciais de tecidos, peles, cerâmica, sal, objetos artesanais de ouro e prata. Não conheciam ainda o ferro, a roda e animais de carga. Tinham conhecimentos de ourivesaria.
Construíram templos e tinham escrita própria e um calendário. A conquista foi feita por Hernán (ou Fernando) Cortez a partir de 1519.

INCAS – Desenvolveram-se na América do Sul, na cordilheira dos Andes onde hoje se localizam o Equador, Peru, Bolívia e norte do Chile. Seu apogeu ocorreu no século anterior à chegada dos europeus, eram governados por um imperador considerado como uma divindade, filho do Sol (o Inca).
Tinham agricultura desenvolvida plantando milho, batata e tabaco. Praticavam essa agricultura em “terraços” nas encostas dos Andes. Conheciam tecelagem e cerâmica, metalurgia do bronze, cobre, ouro e prata.
Construíram cidades monumentais como Cuzco e Machu Pichu, palácios, templos, estradas pavimentadas, aquedutos e canais de irrigação, além dos “terraços” nas montanhas.
Não tinham escrita convencional, mas possuíam comunicação por intermédio dos “quipos”[4].
A conquista espanhola ocorreu a partir de 1531 comandada por Francisco Pizarro.

Notas:


[1] Carlos Guilherme Mota, “As viagens de Cristóvão Colombo”, disponível na internet, acesso 27/10/2011, no endereço: http://educacao.uol.com.br/historia/descoberta-da-america-as-viagens-de-cristovao-colombo.jhtm

[2] Ver matéria na Wikipédia – debate sobre qual teria sido a ilha da chegada de Colombo http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanahani

[3] Ver artigo na Wikipédia biografia de Américo Vespúcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Vesp%C3%BAcio

[4] Quipos – Cordões coloridos nos quais se davam nós como forma de registrar as informações



Bibliografia:


Internet:

Artigo da Wikipedia, “Era Pré-colombiana”,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-colombiano Acesso 07/11/2011

Artigo, “As viagens de Cristóvão Colombo”, http://educacao.uol.com.br/historia/descoberta-da-america-as-viagens-de-cristovao-colombo.jhtm Acesso 27/10/2010

Artigo da Wikipedia, “Guanahani”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanahani Acesso 07/11/2011

Artigo da Wikipedia, “Américo Vespucio”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rico_Vesp%C3%BAcio Acesso 07/11/2011


Cotrim, Gilberto. “História Global – Brasil e Geral, Volume 1”, São Paulo, Saraiva, 2010;

Coe, Michael. “Antigas Américas, Mosaicos de Culturas”, Volumes 1 e 2, Michael coe, Dean Snow e Elizabeth Benson, Madrid, Edições Del Prado, 1996

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Civilizações Africanas até o século XV

Uma divisão cultural e histórica da África

Os historiadores europeus dividiam a África cultural e historicamente em duas: uma África branca ao norte, com contatos constantes com a Europa e a Ásia (a região da Palestina) e uma África negra ao sul do deserto do Saara, isolada e sem contanto com o mundo pretensamente civilizado.

O critério da cor para se falar de seres humanos merece críticas. Os seres humanos somos todos de uma mesma raça com diferentes etnias facilmente percebidas por uma característica externa, a pigmentação da pele. No entanto associou-se a pigmentação da pele dos europeus à cor branca, a dos africanos à negra, asiáticos à amarela e indígenas americanos à cor vermelha. Ideologicamente é feita uma leitura onde à cor branca associam-se aspectos positivos e à negra aspectos negativos.

Uma possibilidade de se entender e estudar a África é buscar características específicas da África e não modelos externos a ela. Assim, existe a proposta de dividir-se a África em uma África mediterrânica (Argélia, Marrocos, Líbia, Tunísia e Egito), de fato pela proximidade com maior influência tanto europeia quanto muçulmana e outra, localizada ao sul do Saara, onde, com exceção da África do Sul, em que a população de origem não africana (europeia e asiática é de quase 20%) nos demais essa população não africana é de menos de 5% e em muitas regiões inexistente, tornando a África subsaariana um grupo histórica e culturalmente africano, embora dividido em grupos culturais com especificidades distintas.

África mediterrânica

As informações mais antigas acerca dos povos africanos referem-se ao Egito, onde floresceu a 5 mil anos, no vale do rio Nilo, uma civilização que durou mais de 2 mil anos e deixou algumas marcas de sua grandeza, com grandiosas obras arquitetônicas e artísticas conservadas até a atualidade. Ainda na região do Nilo, outra civilização grandiosa foi a Núbia (750 a.C.), localizada na forquilha formada pelo encontro do Nilo Branco com Nilo Azul. Nessa região localizada no atual Sudão, houve sucessivos reinos que se impuseram sobre seus vizinhos.

Desde o início da era cristã, temos notícias de cristãos e judeus, tanto no delta do rio Nilo (Alexandria) como no Sudão e na Etiópia.

Mais tarde, após o século VII e VIII (após o ano 650) com a expansão muçulmana essa região é dominada pelos árabes.

O Saara, ao contrário do que os europeus pensavam sempre foi habitado por inúmeras tribos de “tuaregues”, um povo nômade que especializou-se na domesticação de camelos e atravessa o deserto de norte a sul e de leste a oeste a milênios. São eles os responsáveis pela ligação comercial e cultural entre o norte mediterrânico e o restante da África.

Os comerciantes tuaregues ligavam toda a região ao norte islamizado da África. Eles foram os principais difusores do islã por toda essa região que corresponde mais ou menos aos atuais países do Sudão, Chade, Níger, Mali, Burkina-Faso, Mauritânia e a região do Saara Ocidental no Marrocos. Foi aí que se formaram os antigos impérios de Gana (séculos VI a XIII), Mali (séculos XIII a XVII) e Songai (séculos XVII e XVIII).

África subsaariana

Os grandes impérios e civilizações que se organizaram nesta região foram mais ricas e exuberantes nas margens dos rios Níger e Senegal (na África ocidental) e Congo e Cuenza (na África central). A margem desses rios eram extremamente férteis e possibilitando a agricultura e a comunicação. Esses rios também favoreciam as atividades comerciais, que se serviam deles como vias de locomoção. As canoas eram os principais meios para transportar as cargas das caravanas que iam e vinham ligando as áreas de floresta ao deserto e aos portos do Mediterrâneo, aos quais as mercadorias chegavam em lombos de camelo.

Na região que abrange do leste do rio volta até o delta do Níger – terra dos (...)povos iorubas e muitos outros – existiam reinos, cujos chefes controlavam áreas consideráveis, se cercavam de pompa e privilégios, promoviam a construção de edifícios elaborados e estimulavam a confecção de objetos que impressionam até hoje pela beleza. Esses reinos tinham ligações entre si e com Ifé, espécie de cidade-mãe na qual se originaram as formas de organização política e social das outras cidades da chamada Iorubalândia ou Iorubo. Dessa região saiu grande parte dos africanos traficados para a América como escravos, por causa das vantagens que apresentava, como a abundância de oferta. Esses eram os prisioneiros das guerras entre diferentes grupos locais, vendidos aos comerciantes europeus.

Mais ao sul, na região do rio Congo, viviam e vivem, povos que chamamos de bantos, que tem uma origem comum, falam línguas semelhantes, e suas religiões e maneiras de se organizar são parecidas. Eles teriam partido do atual Camarões, de onde se espalharam por toda a África central, oriental e do sul, onde antes viviam povos com um tipo físico diferente, de baixa estatura e cujo idioma era caracterizado pela emissão de estalidos. Esses povos eram nômades e viviam de caçar e coletar o que encontravam na natureza. A partir de 1500 a.C. foram afastados ou se misturaram a grupos bantos, que fizeram a maior migração que se tem notícia na África... Eles eram agricultores, sabiam fazer instrumentos de ferro e iam ocupando terras desabitadas, se misturando aos antigos moradores ou expulsando-os para outros lugares.

Nas bacias dos rios Congo e Cuanza e nas terras ao redor também havia, como na África ocidental, uma variedade de povos falando línguas aparentadas, com modos de vida semelhantes.

Mais ao sul viviam os remanescentes dos povos coletores e caçadores desalojados pelos bantos, os bosquímanos e também os hotetontes, que haviam aprendido a pastorear o gado.

Fonte: Souza, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, 2ª Ed., São Paulo, Ática, 2007, pp.14-23.

A África inventada

Os livros escolares de história na Europa Ocidental e inclusive no Brasil tem dado ao continente africano e às suas gentes um tratamento errado, escondendo a complexidade e a dinâmica cultural própria da África, tornando possível o apagamento de suas características especiais em relação ao continente europeu e mesmo o nosso.

Essas diferenças são tratadas segundo um modelo de organização social e política, bem como de padrões culturais próprios da civilização européia ocidental. Dessa forma os africanos são enquadrados num grau inferior de uma escala evolutiva que classifica os povos como primitivos e civilizados.

A África é entendida como se num passado remoto tivesse havido uma divisão entre uma chamada África branca com características mais próximas das ocidentais, mediterrâneas, e uma África negra, que se ignoravam mutuamente porque separados pelo deserto do Saara, ficavam privadas de comunicação.

Torna-se, portanto, evidente a existência de duas Áfricas com aspectos geográficos diferentes, classificadas em estágios de desenvolvimento diversos, povoadas por etnias distintas, branca e negra e, por fim, uma com e a outra sem história. Nessa perspectiva a África ao sul do Saara, até hoje conhecida como África negra, é identificada por um conjunto de imagens que resulta em um todo indiferenciado, exótico, primitivo, dominado, regido pelo caos e geograficamente impenetrável. Assim, a historiografia escolar do mundo ocidental coloca como início da história africana, como referência inicial o início do tráfico negreiro e da colonização da América, reforçando estereótipos raciais presentes até os nossos dias, que pode ser resumida na inferioridade da etnia africana e de seus descendentes.

A partir do momento em que foram utilizadas as noções de “brancos” e “negros” para nomear, de maneira genérica, os europeus colonizadores e os africanos colonizados, os segundos têm de enfrentar uma “dupla servidão”: como ser humano e no mundo do trabalho. O negro marcado pela pigmentação da pele, transformado em mercadoria e destinado a diversas formas compulsórias de trabalho, também é símbolo de uma essência racial imaginária, ilusoriamente inferior.

Fontes: Hernandez, Leila Leite. A África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed. São Paulo, Selo Negro, 2008, pp. 17-23

Mapa da África - verifique lista abaixo


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Fonte: http://www.luventicus.org/mapaspt/africa.html
Acesso: 22/10/2011

A África e suas divisões - verifique o mapa acima

Todos os 53 países:

1 – África do Sul
2 – Angola
3 – Argélia
4 – Benin
5 – Botswana
6 – Burkina Faso
7 – Burundi
8 – Cabo Verde
9 – Camarões
10 – Chade
11 – Comores
12 – Congo
13 - Costa do Marfim
14 – Djibouti
15 – Egito
16 – Eritreia
17 – Etiópia
18 – Gabão
19 – Gâmbia
20 – Gana
21 – Guiné
22 – Guiné-Equatorial
23 – Guiné-Bissau
24 – Lesoto
25 – Libéria
26 – Líbia
27 - Madagáscar
28 – Malawi
29 – Mali
30 – Marrocos
31 – Maurícia
32 – Mauritânia
33 – Moçambique
34 – Namíbia
35 – Níger
36 – Nigéria
37 – Quênia
38 – República Centro-Africana
39 – República Democrática do Congo;
40 – Ruanda
41 – São Tomé e Príncipe
42 – Senegal
43 – Serra Leoa
44 – Seychelles
45 – Somália
46 – Suazilândia
47 – Sudão
48 – Tanzânia
49 – Togo
50 – Tunísia
51 - Uganda;
52 – Zâmbia
53 – Zimbabwe

África Subsaariana – 47 países
África do Sul (1); Angola (2); Benin (4); Botswana (5); Burkina-Faso (6); Burundi (7); Cabo Verde (8); Camarões (9); Chade (10); Comores (11); Congo (12); Costa do Marfim (13); Djibouti (14); Eritreia (16); Etiópia (17); Gabão (18); Gâmbia (19); Gana (20); Guiné (21); Guiné Equatorial (22); Guiné-Bissau (23); Lesoto (24); Libéria (25); Madagáscar (27); Malawi (28); Mali (29); Maurícia (31); Moçambique (32); Namíbia (33); Níger (34); Nigéria (35); Quênia (37); República Centro-Africana (38); República Democrática do Congo (39); Ruanda (40); São Tomé e Príncipe (41); Senegal (42); Serra Leoa (43); Seychelles (44); Somália (45); Suazilândia (46); Sudão (47); Tanzânia (48); Togo (49); Uganda (51); Zâmbia (52); Zimbabwe (53).

Mediterrânica – 5 países
Argélia (3); Egito (15); Líbia (26); Marrocos (30) e Tunísia (50).

África Setentrional – 6 países
Argélia (3); Egito (15); Líbia (26); Marrocos (30); Mauritânia (32); Tunísia (50).

África Central – 12 países
Angola (2); Burundi (7); Camarões (9); Chade (10); Congo (12); Gabão (18); Guiné Equatorial (22); República Centro-Africana (38); República Democrática do Congo (39); Ruanda (40); São Tomé e Príncipe (41); Zâmbia (52).

África Ocidental – 21 países
Benin (4); Burkina Faso (6); Cabo Verde (8); Camarões (8); Costa do Marfim (13); Gabão (18); Gâmbia (19); Gana (20); Guiné (21); Guiné Equatorial (22); Guiné-Bissau (23); Libéria (25); Mali (29); Níger (35); Nigéria (36); São Tomé e Príncipe (41); Senegal (42); Serra Leoa (43); Togo (49).

África Oriental – 13 países
Djibout (14)i; Eritreia (16); Etiópia (17); Madagáscar (27); Malawi (28); Moçambique (33); Quênia (37); Ruanda (40); Somália (45); Sudão (47); Tanzânia (48); Uganda (51).

África Meridional – 13 países
África do Sul (1); Botswana (5); Comores (11); Lesoto (24); Madagáscar (27); Maurícia (31); Namíbia (34); Suazilândia (46); Zimbabwe (53).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

História: passado presente.

O Feudalismo e o Brasil
Hilário Franco Junior


Os historiadores chamam de Idade Média o período que, na Europa, foi mais ou menos do ano 500 ao 1500.


Época e local muito afastados, e por isso pouco importantes para o Brasil? Não!
Apesar de naquele momento nosso país ter sido habitado apenas por tribos indígenas quase pré-históricas, a cultura medieval aqui penetrou com força depois da chegada dos europeus.

É por isso que em pleno século XXI ainda temos muito de medieval, mesmo sem percebermos.
Lembremos alguns exemplos:

O nome Brasil foi tomado de uma famosa terra mítica para os homens da Idade Média.

O cristianismo católico adotado pela maior parte de nossa população tornou-se definitivamente vitorioso naquela época.

Nosso idioma também nasceu naquele período (assim como o inglês, o francês, o italiano, o espanhol), e no Brasil de hoje ainda falamos e escrevemos o português de forma mais parecida com o da Idade Média do que se faz em Portugal.

Somos um país de mestiços porque os colonizadores portugueses que vieram para cá também o eram, já que se misturavam com muçulmanos desde o século XI e com negros africanos desde o XV.

Mas a Idade Média está presente entre nós principalmente através da permanência de certos traços do feudalismo. Isto é, da organização social que predominou na Europa entre o ano 1000 e o 1300.

Da mesma forma que os senhores feudais, muitos brasileiros e, sobretudo os políticos, confundem seus interesses particulares com o interesse público.

Da mesma forma que naquela sociedade, as relações pessoais (ser amigo de alguém influente) tem mais peso que as relações institucionais (agir de acordo com a lei).

Da mesma forma que naquela época, temos uma enorme desigualdade na distribuição da riqueza, do conhecimento e do poder.

Fonte: http://pre-vestibular.arteblog.com.br/22863/O-FEUDALISMO-E-O-BRASIL/
(acesso 05/11/2009)

Com base nas informações deste texto e nas discussões de sala de aula escreva uma redação em que você sugira como pode o Brasil de hoje deixar de ser parecido com a Europa Medieval.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reis, cidades e comércio na Idade Média

Renascimento comercial e urbano e a formação das monarquias nacionais


Primeiro a ideia de renascer. Renascimento urbano, comercial entre os séculos XI e XV, e depois, mais tarde entre os séculos XIV e XVI, o renascimento científico, artístico e cultural. Estes “renascimentos” são sempre lembrados e citados nos livros e manuais escolares de história.
Mas, para que algo renasça, precisa obviamente morrer. Começo a tratar o assunto pelo primeiro renascimento, o comercial e urbano.
O comércio, enquanto uma atividade de troca entre os homens, essencial para a produção e o consumo de bens e mercadorias desapareceu?
As cidades, enquanto espaço de moradia de diversas pessoas próximas umas das outras, com tamanhos variados deixou de existir em algum momento?
Alguns historiadores afirmam que após o declínio do Império Romano do Ocidente com a chegada dos primeiros povos germânicos a partir dos séculos IV e V muitos passaram a viver nos campos. Mais tarde nos séculos IX e X com a chegada dos segundo grupo dos bárbaros (agora os vikings e magiares) e com o domínio muçulmano do Mar Mediterrâneo mais pessoas abandonam as cidades refugiando-se nos feudos (grandes propriedades rurais). Nos feudos, ainda segundo esta historiografia eram autossuficinetes, produzindo quase tudo o que necessitavam. Com isso as trocas comerciais desaparecem. Para estes historiadores, portanto, cidades e comércio despareceram na Europa Ocidental. É uma época de atraso econômico e de isolamento dos europeus presos a uma vida rural.
No entanto, os europeus ocidentais sempre mantiveram contato, pelo menos, com o Oriente Próximo e com o norte da África. Lembremos que no Oriente Próximo estava localizada Jerusalém e no norte da África ficava o celeiro do mundo antigo ocidental (o Egito).
Cidades nunca deixaram de realizar trocas comerciais. Produtos gerados na própria Europa Ocidental e/ou vindos do Oriente eram trocados. Com as Cruzadas houve aumento nestas trocas, verificado nas cidades da atual Itália (Veneza e Gênova). Estas cidades cresceram muito graças ao monopólio das produções asiáticas (especialmente as sedas e as especiarias). Além desse controle, em muitas cidades do norte da Europa (Londres, Hamburgo, Lubeck) seus comerciantes criaram associações de comerciantes as chamadas HANSAS, e algumas delas, especialmente na região da atual Alemanha (Hamburgo, Bremen, Lubeck e Rostock) criaram associações de hansas, na chamada LIGA HANSEÁTICA. Desta forma dois pólos comerciais estabelecem-se na Europa Ocidental, um ao sul e outro ao norte. A ligação entre estes dois polos fazia-se por rotas que atravessavam os vales da atual França, na região da atual Champagne e mais ao norte na região de Flandres (atualmente Holanda e Bélgica). Nos entroncamentos surgiram as grandes feiras medievais onde o encontro entre os mercadores destes dois pólos promoveu crescimento comercial. O aumento de transações promoveu a necessidade da utilização em larga escala de valores de troca (moedas e letras de câmbio).
Ao longo destas rotas multiplicavam-se os burgos, algumas antigas cidades romanas agora reativadas outras eram aglomerados que agora ganham importância.
Aliás a palavra "BURG" é de origem germânica, foi latinizada como "Burgo" que significa cidade. Os seus habitantes eram os burgueses. Mas hoje, quem é burguês?

E as monarquias nacionais?

Na Baixa Idade Média, na Europa Ocidental um novo modelo de organização da sociedade vai lentamente se formando, é o caso das monarquias nacionais. Os antigos reinos bárbaros, germânico-romanos, como foi o dos francos de Carlos Magno e de seus descendentes após a assinatura do Tratado de Verdun em 843.
Na Europa ocidental a peste negra, problemas de abastecimento, guerras e revoltas camponesas deixam aparentemente a região mergulhada numa situação de caos e desordem, milhares de pessoas morriam, fome, doenças, guerras...
Esse processo de formação dos Estados nacionais deve ser estudado caso a caso.
Algumas dos grandes países da atual Europa Ocidental surgiram nesse movimento da história: França, Inglaterra, Portugal e Espanha. Outros, como a Alemanha e Itália, por exemplo, têm um processo diferente surgindo mais tarde.
Estado Nacional é uma forma de governo (Estado) que engloba uma nação. E ai surge a necessidade de entender o que é uma nação. Primeiro é preciso ter claro que esse é mais um daqueles conceitos que para serem entendidos é preciso saber que, como diz Ernest Renan é uma dessas coisas que se faz num momento, num lugar, e se desfaz noutra época e, talvez num mesmo lugar. Ainda pensando junto com Renan, pode-se dizer que a nação é por parte do indivíduo um consentimento diário, uma identificação que encontramos diariamente. Sou desta nacionalidade por gostar de onde vivo, por ter esta crença religiosa, por ter este gosto esportivo, por falar esta língua, por ter esta história comum, enfim por ter estes aspectos que me dão uma identidade.
Mas seria este o conceito de nação que predominava na época da formação das Monarquias Nacionais que estudamos? Certamente que não: é outro tempo, é outro lugar, é outra cultura, portanto será outra a forma de entender o conceito de nação. Será possível, no século XXI descobrir que conceito faria o homem nos séculos XI ao XV? Não sei, mas tentemos...
Para os reis que desejavam fazer as monarquias, a nação era um território unificado, submetido a uma mesma lei criada por ele, pagando impostos determinados por ele e controlado por um exército nacional comandado por ele. Como pode ser visto era uma idéia um pouco diferente da atual. Em que aspectos, você consegue perceber?
Bibliografía pesquisada para fazer este textículo:



Renan, Ernest. O que é uma nação? – Conferência realizada na Sorbonne em 11 de março de 1882 disponível na internet http://www.unicamp.br/~aulas/VOLUME01/ernest.pdf (Acesso dia 03/10/11)

Vicentino, Claudio. História Geral e do Brasil, volume 1, Dorigo Gianpalolo, Editora Scipione, 2010

Berutti, Flavio. Caminhos do Homem, História Ensino Médio, volume 1,Base Editorial, 2010

Faria, Ricaro de Moura. Estudos de História, Ensino Médio, volume 1,Miranda, Mônica Liz e Campos, Helena Guimarães, FTD, 2010.

Alves, Alexandre. Conexões com a História, volume 1,Das origens do Homem à conquista do novo mundo, Editora Moderna, 2010

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequeno texto para entender a Idade Média - 01

Durante a crise de Roma, a partir do terceiro século da era cristã, a economia baseava-se essencialmente em trocas de produtos artesanais produzidos na maioria nas cidades e alimentação (produtos agrícolas e animais) realizadas nas propriedades rurais (em latim tinham o nome de "vilae") .

Estas trocas freqüentes em Roma. Permaneceram durante a Alta Idade Média (Antiguidade Tardia) entre os séculos V até por volta do ano mil, quando houve um fato novo que alterará este funcionamento da economia: expedições guerreiras vindas do norte (vikings), do sul (árabes) e do leste (magiares) atacam a Europa Ocidental promovendo o terror (“No contexto das invasões bárbaras do século X, os bispos da província de Reims registraram: ‘Só há cidades despovoadas, mosteiros em ruínas ou incendiados, campos reduzidos ao abandono. Por toda a parte os homens são semelhantes a peixes do mar que se devoram uns aos outros’. Naquele tempo,as pessoas tinham a sensação de viver em uma odiosa atmosfera de desordens e de violência. O feudalismo medieval nasceu no seio de uma época conturbada. Em certa medida, nasceu dessas mesmas perturbações.” (Adaptado de BLOCH, Marc, A sociedade feudal, Lisboa: Edições 70, 1982, p. 19 in “Caderno do aluno, Ensino Médio”, MICELI, Paulo (org), São Paulo, Governo do Estado de são Paulo, SSE-SP, CENP, FDE, volume 3, p. 30).

Enquanto nas cidades, a sociedade compunha-se de uma elite formada pelas famílias mais antigas de um lado, e de trabalhadores livres (artesãos) e escravos e de um pequeno setor intermediário formado por pequenos comerciantes. Já nas vilae a sociedade era formada pelos proprietários, geralmente de origem urbana e de camponeses (os colonos). Havia assim, apenas dois grupos sociais: os nobres e os pobres, ou ainda,os que trabalham para comer e os que vivem no ócio, servidos pelos demais.

Na Idade Média, especialmente durante a Alta Idade Média, poucos sabiam ler, a escrita e leitura eram monopólio do clero. E, numa era em que não havia meios de comunicação, e todos eram “obrigados” a comparecer uma vez por semana à missa, era a Igreja que detinha o “controle” das mentes das comunidades medievais. Eles formulavam a ideologia dominante. Um exemplo pode ser localizado nos escritos do bispo Adalberto da cidade de Laon na França escreve sobre a sociedade medieval como sendo formada por três partes: “os que oram, os que guerreiam e os que trabalham”. Manipula as mentes sugerindo que existiria um estamento social (Estamentos sociais: “Constitui uma forma de estratificação social com camadas mais fechadas do que classes sociais, e mais abertas do que as castas, ou seja, possui maior mobilidade social que no sistema de castas, e menor mobilidade social do que no sistema de classes sociais.” Wikipedia, no verbete “estamento”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Estamento, acesso 14/09/2011) formado pelos membros do clero. No entanto, sabemos que o clero também ele apresentava-se dividido em “alto clero” (formado pelos membros da nobreza que por qualquer motivo optam por entrar para a Igreja) e “baixo clero” (formado pelas pessoas das classes populares).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para entender melhor como foi a passagem da AIM para a BIM na Europa Ocidental

A Europa Ocidental vivenciou, dos séculos V ao VIII, transformações que, resumidamente, foram: o surgimento dos reinos bárbaros, o desaparecimento do Império Romano Ocidental, a fusão de elementos da cultural romana com a germânica, a ruralização da vida e o decréscimo da atividade comercial (em parte por causa da insegurança provocada pelas invasões germânicas e, posteriormente, a dos sarracenos ou árabes).



O século IX apresentou outras modificações importantes. Se, de um lado, o reino franco desaparecia por causa da divisão feita em Verdun, o poder dos reis declinava constantemente, em virtude de os nobres passarem a assumir funções que, tradicionalmente, seriam do monarca. Essa mudança estava diretamente relacionada à emergência de novas invasões, sobretudo a dos Vikings (normandos) e dos Magiares (húngaros).



Na realidade, essas novas invasões, somadas às dos árabes, no século anterior, produziram o terror e o pânico entre as populações, as quais buscavam um Estado forte que pudesse defendê-las dos novos perigos. Como esse Estado se encontrava enfraquecido, a solução foi o que poderíamos denominar “privatização da defesa”: os nobres reforçaram seus castelos ou construíram novos, procurando torná-los inexpugnáveis – locais para onde os habitantes da região poderiam se dirigir quando houvesse invasões.


As invasões normandas, húngaras ou sarracenas precipitaram também, gravemente, a evolução das estruturas sociais e das formas de governo. [...] A rede de fortalezas privadas prova o fracasso freqüente do rei [...] Instala-se assim uma nova ordem política que acentua a exasperação dos particularismos regionais e a multiplicação dos laços de dependência e dos juramentos de homem a homem, obstáculos ao exercício da autoridade real. [...] A partir de então esfacelam-se os quadros territoriais dos tempos carolíngios. Evolução lenta, sem dúvida, já iniciada antes das incursões de saqueadores, mas agravada então. Nesse sentido as ‘invasões’ assinalam uma data essencial da formação das sociedades feudais do Ocidente.”
HEERS, Jacques. História Medieval. 3ª Ed. São Paulo: Difel, 1981. P. 62

A palavra “feudais”, na última frase do texto, refere-se ao novo sistema que passou a caracterizar a Europa Ocidental a partir de então. Ou, empregando o conceito usado pelos autores ligados ao materialismo histórico o “modo de produção feudal”. (É importante observar que o termo feudalismo só surge no século XIX).

Fonte deste texto: Faria, Ricardo Estudos de História /Ricardo Faria, Mônica Miranda, Helena Campos, 1ª Ed., São Paulo, FTD, 2010 (Coleção estudos de história, v. 1), p.105-6

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Idade Média na Europa Ocidental

Na Idade Média período que se estende do século V ao XV distinguem-se dois momentos: a Alta Idade Média (do século V - 476 ao X - 1000) e Baixa Idade Média (do século XI – 1001 ao XV – 1453). A Alta Idade Média na Europa Ocidental é marcada pela chegada das tribos germânicas (chamados “bárbaros”) e a formação de reinos e o estabelecimento das bases do sistema feudal, enquanto a Baixa Idade Média caracteriza-se pelo apogeu e crise feudalismo e depois pelo renascimento comercial e urbano.



Europa Ocidental nos dias atuais



Alemanha (1); Andorra (2); Áustria (3); Bélgica (4); Croácia (5); Dinamarca (6); Eslovênia (7); Espanha (8); Finlândia (9); França (10); Irlanda (11); Islândia (12); Itália (13); Liechtenstein (14); Luxemburgo (15); Malta (16); Mônaco (17); Noruega (18); Países Baixos (19); Portugal (20); Reino Unido (21); San Marino (22); Suécia (23); Suiça (24); Vaticano (25)



Fonte (acesso 31/08/2011):
http://www.luventicus.org/mapaspt/europa/europaocidental.html




Europa Ocidental por volta do ano 500




Alta Idade Média
Ao contrário dos outros povos germânicos que ocupam o território do antigo Império Romano do Ocidente, os francos serão os primeiros a organizar uma estrutura político e administrativa. Veja sua localização nos mapas.
O primeiro período das dinastias (dinastia é uma série de reis de uma mesma família que se sucedem após o fim do reinado anterior) dos francos foi a dinastia merovíngia, cujo rei mais importante foi Clóvis (480-511) que em 498 tornou-se o primeiro rei bárbaro a converter-se ao cristianismo, inaugurando uma nova metodologia de cristianização das populações, convertendo-se o chefe, toda a comunidade governada por ele o imitava. A partir de sua conversão, agora aliado e defensor do Papa, anexou e dominou várias áreas na Europa Central.
A dinastia merovíngia foi substituída por outra família a dinastia carolíngia, em homenagem a Carlos Magno seu maior expoente, que por volta do ano 800 faz renascer na Europa Ocidental o Império, conquistando militarmente vários reinos vizinhos. Defendendo a Europa, a partir deste momento quase totalmente cristão graças às conversões organizadas pela Igreja Cristã de Roma detendo o avanço dos árabes, foi coroado imperador pelo papa fortalecendo ainda mais sua aliança com a Igreja.
Em seu reinado foram estabelecidas as bases do feudalismo, graças à sua política de distribuição de terras conquistadas entre os seus guerreiros em troca de proteção e fidelidade, (o chamado beneficium) fazendo surgir ai uma aristocracia de senhores feudais, garantindo relações de dependência entre o poder central e a nova nobreza local: os marqueses, os condes e os duques. Havia fiscais que percorriam o reino fiscalizando o cumprimento das leis capitulares (primeiras leis escritas da Idade Média na Europa Ocidental).
Após sua morte, seus herdeiros acabaram por dividir seu império em três grandes reinos: a chamada França Oriental (conhecido como Sacro Império Romano-Germânico) com Luís, o Germânico, a França Ocidental (com Carlos, o Calvo) e a Lotaríngia (com Lotário) entre as duas.
Através do Tratado de Verdun (813). Dessa forma o poder central (os reis) enfraqueceu seu poder enquanto o poder local dos senhores feudais. Contribui para isso a invasão dos vikings pelo norte e dos árabes muçulmanos pelo sul.




Império dos francos após o Tratado de Verdun



Fonte (acesso 31/08/2011):
http://soprahistoriar.blogspot.com/2010/05/pontos-sobre-o-feudalismo-reino-franco.html



Baixa Idade Média
O período em que o sistema feudal foi predominante na Europa Ocidental foi entre os séculos X e XV quando uma grande crise fez com que suas estruturas ficassem abaladas, embora esse sistema não desapareceu completamente, pois vários de seus elementos perduram até a atualidade.
Por feudalismo devemos entender um sistema de organização social, político e econômico da sociedade da Europa Ocidental a partir do ano mil até quase 1500. A unidade de produção básica é o feudo. Feudo (segundo Hilário Franco Jr.) é uma palavra de origem germânica e significa um bem, geralmente terras, dado em troca de algo. Inicialmente, no século IX, o feudo era dado pelo rei em troca de serviços prestados à monarquia, depois, no século XI, era um bem (terras, dinheiro, direitos diversos) concedido por nobre, chamado senhor, a outro nobre, chamado vassalo, essencialmente em troca de serviços militares.
Nos feudos a produção agropecuária era realizada pelos servos e era quase autossuficiente.
A sociedade do feudalismo estava dividia em estamentos ou ordens, camadas sociais definidas conforme o papel desempenhado por seus membros na sociedade. Era composta basicamente por três grupos: a nobreza (essencialmente os senhores feudais), os membros da Igreja (o clero, por sua vez dividido em alto clero – o papa e os bispos e o baixo clero – frades, freiras e padres) e finalmente os camponeses e artesãos (servos).



Representação das três partes da sociedade medieval: os que oram, os que fazem a guerra e os que trabalham

Fonte (acesso 01/09/2011):
http://pt.domotica.net/feudalismo

terça-feira, 6 de setembro de 2011

IMPÉRIO BIZANTINO E MUNDO ÁRABE

Duas grandes civilizações: cristianismo e islamismo
Em 395 da era cristã, é criado o Império Romano do Oriente, tendo como capital a cidade de Constantinopla . Veja os mapas abaixo:


Império Bizantino




Fonte: http://www.kalipedia.com/historia-universal/tema/edad-media/economia-bizantina-constantinopla.html?x=20070717klphisuni_100.Kes


Acesso 26/08/2011



A cidade de Constantinopla


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Byzantine_Constantinople_eng.png Acesso 26/08/2011

Através de Constantinopla produtos vindos da Ásia Menor e da Europa passavam de um continente para outro. Também lá encontramos pessoas de todas as origens.
Em Constantinopla a estrutura política e a civilização do Império Romano do Ocidente foi mantida por mais de mil anos. O cristianismo se manteve vivo de maneira ortodoxa (ortodoxo significa aquele que segue a doutrina verdadeira).
No século VI (aproximadamente entre 530 e 550) o imperador Justiniano tenta restabelecer o prestígio e o tamanho do antigo Império Romano do Ocidente, mas teve seu projeto derrotado por causa dos exércitos rivais: na Europa Ocidental os reinos bárbaros que nasciam se opunham radicalmente a um novo poder centralizador.
Na Ásia e África enfrenta tribos árabes, que embora ainda desunidas eram hábeis guerreiros e pretendiam manter-se independentes para poderem praticar o comércio entre Oriente e o Ocidente. Deve ser lembrado também que estas tribos já dominavam a região de Jerusalém lutando contra exércitos cristãos que pretendiam dominar a cidade.
O Império Romano do Oriente também chamado Império Bizantino existiu até 1453 quando foi invadida pelos árabes.
Basílica de Santa Sofia: A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia que significa "Sagrada Sabedoria"; é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia) e que foi convertido em mesquita em 1453 até ser transformado em museu, em 1935.






Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_Santa_Sofia
Acesso 25/08/2011

Arte bizantina: como não podia deixar de ser teve como centro a cidade de Constantinopla, principalmente em pinturas, mosaicos, esculturas e arquitetura.
Veja imagens:



Icone "Nossa Senhora com o Menino Jesus":



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcone_(pintura)
Acesso: 29/08/2011



Mosaico:




Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=46
Acesso: 29/08/2011



Mundo Árabe:
Na região da atual Arábia, até o século VI, os árabes viviam em centenas de tribos nômades (os beduínos), não havia uma centralização político-administrativa. Poucas cidades, dentre elas destaque para Meca, próxima ao Mar Vermelho, que além de ser importante centro comercial, tinha a Pedra Negra (possivelmente um meteoro) que ficava no santuário da Caaba e era um centro de peregrinações.
A maioria das tribos de beduínos era politeísta até que Maomé (Muhammad em árabe) que viveu entre 570-632, filho de comerciantes de Meca, após conviver com cristãos e judeus, assimilou elementos estas duas religiões e criou uma nova religião,o Islamismo com um único Deus – Alá. Ao pregar o monoteísmo despertou a raiva das tribos politeístas, obrigando-o a fugir para Medina em 622, no que ficou conhecida como Hégira, data inicial do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé formou um exército de seguidores, voltou a Meca. Suas ideias prevaleceram: Alá é o único Deus e Maomé seu último e maior profeta.
A Caaba (ka’bah em árabe) A Caaba é uma construção cúbica de 15,24 metros de altura, e é cercada por muros de 10,67 metros e 12,19 metros de altura. Ela está permanentemente coberta por uma manta escura com bordados dourados que é regularmente substituída. Em seu interior, encontra-se a Hajar el Aswad ("Pedra Negra"), uma pedra escura, de cerca de 50 centímetros de diâmetro, que é uma das relíquias mais sagradas do islã.



Caaba (Pedra Negra)

Fonte: http://chavemagica.tripod.com/misterios/misterio5.htm
Acesso: 30/08/2011




Fonte: http://chavemagica.tripod.com/misterios/misterio5.htm
Acesso: 30/08/2011




A religião ensinada por Muhammad chamada islâmica (Islã em árabe significa “submissão a Deus”) tem cinco ideias básicas: Alá é o único Deus e seu profeta é Muhammad; seguir o caminho da generosidade; orar cinco vezes ao dia; respeitar o jejum no mês do Ramadã; peregrinar a Meca uma vez na vida.
Em 632 após a morte do profeta seus ensinamentos foram escritos por seus seguidores num livro chamado Corão (ou Alcorão).
Após Muhammad os árabes passaram a ter uma monarquia teocrática governada pelos califas (sucessores do profeta). A partir daí começa uma rápida expansão, explicada pelo crescimento da população árabe, interesses da elite comercial dominante e seguir a orientação religiosa do jihad (que significa conseguir novos fiéis). Veja o mapa:


Fonte: http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/atualidades/revolucao-mundo-arabe/
Acesso 30/08/2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Roma

- Localização e Origem


De uma simples aldeia localizada no centro da península italiana surgiu Roma.


Há pelo menos duas versões sobre sua origem. Uma delas, considerada lendária, conta que a cidade foi fundada pelos gêmeos Rômulo e Remo, abandonados e amamentados por uma loba, mais tarde recolhidos por pastores que os criaram. Quando adultos fundam Roma. Outra versão, histórica por estar baseada em documentos, fala que a região central da península foi invadida por várias tribos vinda da Europa dentre as quais se destacaram os latinos e seus dominadores os etruscos.
- Etapas de sua história
Em 1200 anos (de 753 a.C até 476 depois de Cristo), a história romana tem três fases: Monarquia, República e Império.


- 1). MONARQUIA (Monarquia é um sistema de governo em que o monarca -rei- governa um país como chefe de Estado)


Ocorreu entre 753 a.C e 509 a.C.
Durante esta época a aldeia Roma, que vivia da agricultura e da criação de animais (economia agro-pastoril), estava ocupada pela tribo dos etruscos que estabeleceram uma monarquia, governo de um rei com poderes administrativos, militares, jurídicos e religiosos. Havia também um conselho de anciãos (o senado com poderes legislativos (fazer as leis).


- A SOCIEDADE

A sociedade romana era assim composta:


PATRÍCIOS: eram os grandes proprietários de terras;
CLIENTES: pessoas que dependiam da proteção do grupo social dos patrícios;
PLEBEUS: maioria da população. Eram pessoas livres, na época da Monarquia sem direitos, mas depois de várias lutas sociais, começam a ser incluídos nas decisões. Eram basicamente agricultores, pastores, pequenos proprietários, trabalhadores urbanos como artesãos e alguns exerciam o pequeno comércio;
ESCRAVOS: eram os devedores e depois na época da República e do Império, eram os prisioneiros de guerra. Eram obrigados a trabalhar para os patrícios. Uma das funções mais conhecidas feitas pelos escravos era a de gladiador.


- O Gladiador


Era um guerreiro que lutava em arenas (Esta palavra vem do latim arena, que significa areia, terreno arenoso, arena, anfiteatro) Substantivo feminino - a. Parte do circo onde se lidam touros; b. Terreno (em que se combate ou se discute)
Havia vários tipos de lutas:
Ludus Magnus – luta entre os gladiadores;
Venatium – lutas contra animais ferozes;
Naumachias – lutas entre pequenas ou médias embarcações;
Equitarium – lutas envolvendo corridas de cavalos ou bigas.


- 2). REPÚBLICA (Em primeiro lugar, república vem do latim res publica que significa "coisa pública", "coisa do povo". Nesse sentido, um governo republicano é aquele que põe ênfase no interesse comum, no interesse da comunidade, em oposição aos interesses particulares e aos negócios privados.)

Ocorreu entre 509 a.C. e 27 a.C.;
Neste período Roma era governada por dois cônsules (eleitos pelo Senado). Cuidavam de assuntos referentes à economia, política externa e a criação de leis. Durante períodos de guerra, era aceito a existência de um ditador, aprovado pelo Senado;
Esta época deve ser estudada levando em consideração dois eixos; internamente as lutas sociais com a conquista de direitos pelos plebeus e externamente com a expansão territorial e as guerras externas.
República é uma palavra de origem latina que significa “coisa do povo”, considerando que povo são TODAS as pessoas que vivem numa sociedade. Porém, quem mandava de fato eram os patrícios, sendo que os demais grupos sociais (clientes, escravos e principalmente a maioria dela, os plebeus, pouca ou nenhuma participação tinham.
Esta situação se modificou com a luta entre patrícios e plebeus que durou quase duzentos anos e que terminou com a conquista de alguns direitos por parte dos plebeus.
Dentre estes direitos podem-se citar:
Lei das Doze Tábuas – primeiro código de leis escritas;
Lei Canuléia – permitindo o casamento entre patrícios e plebeus;
Lei Frumentária – fornecimento de trigo à plebe por preços baixos.


- Expansão Romana


Na época, a república romana começa a conquistar novas regiões, começando pela Península Itálica, começa a disputar com sua rival Cartago o Mar Mediterrâneo nas Guerras Púnicas entre 264 a.C. e 146 a.C. (“Puni” era o nome latino para Cartago).
Houve três guerras púnicas, todas vencidas pelos romanos, mas na última delas, Cartago foi completamente destruída. Assim, o Mar Mediterrâneo foi completamente dominado pelos romanos que o chamavam de “Mare Nostrum”.


- Crise na república romana


A expansão territorial provocou consequências sociais e econômicas.
O número de escravos cresceu, gerando forte desequilíbrio social, pois disputavam o mercado de trabalho com plebeus livres.
Com as guerras constantes contra os bárbaros (eram o povo que vivia fora das fronteiras romanas e que não aceitava o poder (“imperium”) romano.) surgiram alguns ditadores que utilizavam as tropas militares para manterem-se no poder.
Por exemplo, em 72 a.C., Spartacus, escravo e gladiador, comandou uma revolta de 70 mil escravos, mas após algumas vitórias foi derrotada pelo general Pompeu.


- Os Triunviratos


Para resolver a crise, a classe dominante através do Senado escolhe três comandantes do exército para governar Roma, é o primeiro TRIUNVIRATO, escolhem os generais Crasso, Pompeu e Júlio César.
Julio César organizou um golpe político que o tornou imperador de Roma, governando sozinho até 44 a.C., quando o Senado resolveu mandar assassiná-lo.
Surge então um novo triunvirato formado agora por três novos generais: Otávio, Marco Antonio e Lépido. Otávio , no entanto, se impôs como cônsul único e com o apoio do Senado, surge o Império em 27 a.C.
- 3) IMPÉRIO (Um Império (do latim “imperium”) é um Estado com domínio sobre extensos territórios dominado por um chefe (chamado imperador) etnicamente e/ou culturalmente diversos, sendo além de um poder hegemónico em certa área de influência.)

O período imperial por sua vez se em Alto e Baixo Império.

- Alto Império: de 27 a.C até o século III (depois de Cristo) é a época de apogeu conquistando e explorando o maior território de sua história, houve a chamada paz nas fronteiras, a chamada PAX ROMANA *. Este apogeu romano teve as seguintes características: expansão do cristianismo (que criticava a divindade do imperador, o escravismo e as guerras) e crise do escravismo (com o fim das conquistas e com as críticas do cristianismo).


- Baixo Império: aproximadamente de 250 a 476 (depois de Cristo). Caracteriza-se pela decadência lenta do Império Romano. Do ponto de vista social aparece o colonato (para substituir a falta de escravos, transformavam os camponeses em colonos, trabalhadores quase livres, pois estavam pesos à terra). Nesse momento ocorre um aumento das guerras contra os bárbaros que tentavam ocupar territórios dentro do império romano. São as chamadas invasões bárbaras.
Alguns imperadores para sobreviver convertem-se ao catolicismo (Constantino entre 313e 337). Depois Teodósio tornou o cristianismo religião oficial do Império e logo depois divide Roma em dois Impérios: Império Romano do Ocidente com capital em Roma e Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla .
Contudo estas modificações não foram suficientes para impedir a descentralização do lado ocidental. A partir de 476 os povos germânicos, considerados bárbaros pelos romanos constroem diferentes reinos dando origem à civilização europeia ocidental.
O lado oriental continuou ainda por mais mil anos.



BÁRBAROS EM ROMA



CASTELO MEDIEVAL



Fonte
História - Caderno de Revisão – Ensino Médio, Elaboração: Adriana de Bortoli Gentil,Alexandre Perles Gazeta, Fabio Geraldo Romano, Leandro José ClementeGonçalves, Editora Saraiva, 2010, pp. 9-11
História – Caderno de Revisão – Ensino Médio, Editora Moderna, 2010, pp. 20-21
INTERNET
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/monarquia.htm ACESSO:16/08/2011
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx ACESSO:16/08/2011
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult1704u77.jhtm ACESSO:16/08/2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/ImpérioACESSO:16/08/2011 ACESSO: 16/08/2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Filmes para o 3º bimestre

Pessoal, aqui está a lista de filmes com os dados para que vocês escolham o que irão assistir para fazer a atividade em grupo do 3º bimestre. Escolham:

1)O Incrível Exército de Brancaleone (“L’armata brancaleone” – Italia – 1965) – Direção: Mario Monicelli com Vittorio Gassman e Catherine Spaak e outros – Duração 116 minutos – Gênero: Comédia
2)Irmão Sol, Irmã Lua (“Fratello Sole, Sorella Luna” – Italia e Inglaterra – 1972 ) – Direção Franco Zefirelli com Graham Faulkner, Judi Bowker (São Francisco e Santa Clara) – Duração: 121 minutos – Gênero: Drama
3)Erik, o Viking (“Erik, the viking” – Reino Unido e Suécia – 1983) – Direção: Terry Jones com Tim Robbins, Mickey Rooney e outros (filme do grupo Monty Python) – Duração: 93 minutos – Gênero: Aventura
4) Robin Hood, Príncipe dos Ladrões ("Robin Hood, Prince of thieves" - EUA - 1991) - Direção: Kevin Reynolds com Kevin Costner e Morgan Freeman, entre outros - Duração: 143 minutos - Gênero: Aventura
5)Asterix e Obelix contra César (“Astérix et Obélix contre César” – França – 1999) – Direção: Claude Berri com Gérard Depardieu e Roberto Benigni entre outros – Duração 69 minutos – Gênero: Comédia
6)Rei Arthur (“King Arthur” – EUA – 2004) – Direção: Antoine Fuqua com Clive Owen e Ioan Gruffudd entre outros – Duração 142 minutos – Gênero: Aventura
7)Spartacus (“Spartacus” – EUA – 2004) – Direção: Robert Dornhelm com Goran Visnjic e Alan Bates entre outros – Duração 176 minutos – Gênero: Aventura
8)Cruzada (“Kingdom of Heaven” – EUA, Espanha, Inglaterra – 2005) – Direção: Ridley Scott com Orlando Bloom e Liam Neeson entre outros – Duração145 minutos – Gênero: Aventura
9)A Última Legião, o nascimento da lenda de Artur (“The last legion” – França, Itália, Eslováquia, EUA, Inglaterra – 2007) – Direção: Doug Lefler com Colin Firth e Ben Kingsley entre outros – Duração 110 minutos – Gênero: Aventura
10) Robin Hood ("Robin Hood" - EUA e Reino Unido - 2010) Direção: Ridley Scott, com Russell Crowe e Cate Blanchett entre outros - Duração 148 minutos - Gênero: Aventura

sábado, 30 de julho de 2011

Notas do 2º Bimestre

Pessoal, desculpem. Esqueci de publicar. Mas, finalmente publico as notas do 2º bimestre.

Reparem que ali estão as notas do 1º e do 2º bimestres. Já dá para ter uma ideia de como será no final do ano.

Preciso explicar?

Se tiver agora, somando as notas do 1º e 2º bimestres menos de 10 pontos, preocupe-se. Se tiver 10 ou mais, continue assim e não se preocupe.

Vamos lá.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

SEXTO TEXTO

Os limites e as possibilidades da democracia ateniense

“Democracia – algo tão valoroso para nós – é um conceito surgido na Grécia antiga. Por cerca de um século, a partir de meados do século V a. C., Atenas viveu essa experiência única em sua época. Democracia, em grego, quer dizer ‘poder do povo’, à diferença de ‘poder de um’, a monarquia, ou ‘poder de poucos’, a oligarquia ou aristocracia (‘poder dos melhores’).

A democracia ateniense era direta: todos os cidadãos podiam participar da assembléia do povo (Eclésia), que tomava as decisões relativas aos assuntos políticos em praça pública. Entretanto, é bom deixar bem claro que o regime democrático ateniense tinha os seus limites. Em Atenas, no período de Péricles, eram considerados cidadãos apenas os homens adultos (com mais de 18 anos), nascidos de pai e e mãe e pai atenienses.

Em 431 a.C. havia 42 mil cidadãos com direito a comparecer à assembléia, mas a praça de reuniões não comportava esse número de homens. As reuniões podiam acontecer na praça do mercado, a Ágora, quando o número de homens presentes fosse muito grande. Normalmente reuniam-se numa colina, na praça Pnix, em uma superfície de 6000 metros quadrados, com capacidade para até 25 mil pessoas. Assim, embora houvesse 42 mil cidadãos, , nunca mais do que 25 mil votavam e, em geral, muito menos pessoas tomavam parte na democracia direta.

Calcula-se que, nesse mesmo ano, havia 310 mil habitantes na Ática, região que compreendia tanto a parte urbana como a rural da cidade de Atenas, 172 mil cidadãos com suas famílias, 28.500 estrangeiros, com suas famílias e 110 mil escravos. Os escravos, os estrangeiros e mesmo as mulheres e as crianças atenienses não tinham qualquer direito político e para eles a democracia vigente não trazia qualquer vantagem.

Se, por um lado, a democracia ateniense continha todos esses limites, por outro, a maior parte dos cidadãos que dela podiam usufruir eram camponeses ou pequenos artesãos e, neste sentido, a democracia de Atenas era um regime em que os relativamente pobres tinham um poder considerável, algo inédito e, até hoje, muito raro em toda a História da humanidade.”

FONTE: FUNARI, Pedro Paulo A. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. P. 35-37. Adaptado

Atividades

1)Quem era considerado cidadão em Atenas?

2)Quais os direitos que a cidadania trazia a uma ateniense?

3)No texto de nossa Constituição, de 1988, é possível ler:

Título II, Capítulo I, Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (...) é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (...)é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; Capítulo IV, Art. 14: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei (...). O alistamento eleitoral e o voto são: obrigatórios para os maiores de dezoito anos; facultativos para os analfabetos; os maiores de setenta; os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.”

Compare os limites de nossa democracia com os limites atenienses no que se refere à cidadania, liberdade de expressão e voto.

FONTE: FERREIRA, João Paulo M. H. Nova Históris \integrada, Manual do Professor, Ensino Médio, v. 1, João Paulo M. H. Ferreira e Luiz Estevam de Oliveira Fernandes, 2ª Ed., Curitiba, Editora Módulo, p. 70-71

QUINTO TEXTO

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