Pesquisar em livros didáticos, na Internet ou em outras fontes, citando-as ao final da atividade.
a) Quais as características geográficas, políticas, religiosas e culturais dos períodos da história do Egito Antigo no Baixo Império, no Médio Império e no Alto Império?
b) Registre uma breve caracterização (geográficas, políticas, religiosas e culturais) dos seguintes povos mesopotâmicos: sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus.
c) Com base nessa pesquisa faça um quadro comparativo mostrando semelhanças ou diferenças entre aspectos geográficos, políticos, religiosos e culturais entre as duas civilizações, assim:
Pesquisa em Grupo (quatro, no máximo cinco componentes)
d) Para finalizar pesquise rapidamente algumas características (geográficas, políticas, religiosas e culturais) dos seguintes povos da Antiguidade: Hebreus, Persas e Fenícios.
O trabalho deve ser digitado, trazer o nome dos componentes, nome completo das fontes pesquisadas e ser entregue até dia 20 de abril. Vale dois pontos na média.
Página para consulta e interação com os alunos das seguintes séries da E.E. Prof. Alberto Conte em 2011: Primeiros anos A, B,C, D, E, F e G
quinta-feira, 31 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
QUINTO TEXTO
O Oriente Próximo e o surgimento das primeiras cidades:
A vida nas cidades, esta foi, provavelmente, a maior transformação da vida humana, e ocorreu durante a chamada Revolução Neolítica, mas essa modificação não pode ter ocorrido de maneira abrupta. A passagem de aldeias ou acampamentos de agricultores, caçadores e coletores para cidades populosas e urbanizadas deve ter sido um longo processo.
Veja no mapa a região do Oriente Próximo (atualmente conhecida como Oriente Médio), a área aproximada do Crescente Fértil, repare que se assemelha à Lua na sua fase crescente.
A agricultura obriga os seres humanos a uma existência sedentária. Tinham de se fixar para cuidar da terra e viver junto para se protegerem mutuamente. Para sobreviver precisavam cooperar uns com os outros. A produção agrícola era inicialmente apenas a estritamente necessária para a sobrevivência do grupo. Todos eram iguais. Cada um recebia de acordo com o que produzisse. A situação, no entanto começou a se transformar quando sabendo dominar melhor a natureza, conhecendo novas técnicas de produção, nas cidades começam a produzir além do estritamente necessário à sobrevivência do grupo – isto é, surge um excedente econômico. Esse processo ocorreu em todas as cidades, não exatamente ao mesmo tempo, nem da mesma forma. Isso dependia do meio e das diferentes necessidades.
Basicamente a humanidade criou dois caminhos diferentes de evolução das comunidades urbanas: os regimes de servidão coletiva na região do Crescente Fértil; o outro levou à formação de sociedades escravistas na Grécia e em Roma.
Mas, seja qual for o caminho seguido pela humanidade, nas cidades começam a surgir diferentes atividades. Antes a divisão do trabalho era apenas por sexo e idade. Agora nas cidades diferentes ofícios tornam-se necessários. Surgem as olarias, especializadas na fabricação vasilhas para a cozinha e armazenar alimentos e tijolos para a construção de casas. Também as ferramentas se sofisticam, passam a ser feitas de metal, as roupas, tecidos e calçados tornam-se necessários. Aos homens cabia agora o trabalho fora de casa, nos campos agriculturáveis e na domesticação de animais, enquanto às mulheres cabiam os serviços da casa e da formação inicial dos filhos.
Este acontecimento histórico é importante por produzirem padrões que perduram até os dias atuais.
A vida nas cidades, esta foi, provavelmente, a maior transformação da vida humana, e ocorreu durante a chamada Revolução Neolítica, mas essa modificação não pode ter ocorrido de maneira abrupta. A passagem de aldeias ou acampamentos de agricultores, caçadores e coletores para cidades populosas e urbanizadas deve ter sido um longo processo.
Veja no mapa a região do Oriente Próximo (atualmente conhecida como Oriente Médio), a área aproximada do Crescente Fértil, repare que se assemelha à Lua na sua fase crescente.
A agricultura obriga os seres humanos a uma existência sedentária. Tinham de se fixar para cuidar da terra e viver junto para se protegerem mutuamente. Para sobreviver precisavam cooperar uns com os outros. A produção agrícola era inicialmente apenas a estritamente necessária para a sobrevivência do grupo. Todos eram iguais. Cada um recebia de acordo com o que produzisse. A situação, no entanto começou a se transformar quando sabendo dominar melhor a natureza, conhecendo novas técnicas de produção, nas cidades começam a produzir além do estritamente necessário à sobrevivência do grupo – isto é, surge um excedente econômico. Esse processo ocorreu em todas as cidades, não exatamente ao mesmo tempo, nem da mesma forma. Isso dependia do meio e das diferentes necessidades.
Basicamente a humanidade criou dois caminhos diferentes de evolução das comunidades urbanas: os regimes de servidão coletiva na região do Crescente Fértil; o outro levou à formação de sociedades escravistas na Grécia e em Roma.
Mas, seja qual for o caminho seguido pela humanidade, nas cidades começam a surgir diferentes atividades. Antes a divisão do trabalho era apenas por sexo e idade. Agora nas cidades diferentes ofícios tornam-se necessários. Surgem as olarias, especializadas na fabricação vasilhas para a cozinha e armazenar alimentos e tijolos para a construção de casas. Também as ferramentas se sofisticam, passam a ser feitas de metal, as roupas, tecidos e calçados tornam-se necessários. Aos homens cabia agora o trabalho fora de casa, nos campos agriculturáveis e na domesticação de animais, enquanto às mulheres cabiam os serviços da casa e da formação inicial dos filhos.
Este acontecimento histórico é importante por produzirem padrões que perduram até os dias atuais.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Quarto texto
As inovações da pré-história
Falar sobre tempos antigos como a pré-história pode parecer chato e desinteressante para muitos. No entanto, poderemos encontrar coisas interessantes. Este período é o mais longo dos tempos históricos. Já vimos que ele se inicia com o aparecimento dos primeiros hominídeos e termina com o surgimento dos primeiros sistemas de escrita, primeiras cidades e o Estado. Desse recorte de tempo com milhões de anos, podemos destacar diversos aspectos, que por necessidade de nosso curso serão apenas dois: a revolução neolítica (revolução agrícola)e a ocupação humana dos continentes (primeiras migrações humanas).
Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola
É como o arqueólogo inglês Gordon Childe chamou o movimento que marcou o fim dos povos nômades e o inicio da sedentarização do homo sapiens, com o aparecimento das primeiras vilas e cidades. No Período Paleolítico, os grupos nômades não possuíam moradias fixas. Já no Neolítico e na Idade dos Metais, as sociedades humanas desenvolveram técnicas de cultivo agrícola e passaram a ter condições de armazenar alimentos. Assim os grupos humanos passaram a se fixar por mais tempo em uma região e a se deslocarem com menor frequência.
Foi uma transformação que levou o homo sapiens a se fixar definitivamente em um local e o adaptar às suas necessidades, tendo por base uma economia produtora. O processo de transformação da relação do Homem com os animais e plantas proporcionou um maior controle das fontes de alimentação.
Sociedades Nômades: O nomadismo é a prática dos povos nômades, ou seja, que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar. São povos caçadores-coletores, mudando-se constantemente à procura de alimentos, acompanhavam as movimentações dos animais que pretendiam caçar, procuravam os locais onde existiam frutos ou plantas a recolher e necessitavam defender-se das condições climáticas ou dos predadores.
Os instrumentos fabricados por esses grupos eram, na maioria, de pedra e osso. Alguns eram lascados para formar bordas cortantes e facilitar a obtenção de alimentos e defesa. A alimentação era composta basicamente de frutos, raízes, ervas, peixes e pequenos animais capturados com a ajuda de armadilhas rudimentares.
No Período Paleolítico, as pessoas abrigavam-se em cavernas ou em espécies de choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas. Também usavam tendas de animais na entrada das cavernas.
A sociedade já possuía uma certa organização social e a família já tinha importância. Descobrem e dominam o fogo, possuem uma linguagem rudimentar, indícios de rituais funerários e desenvolvem as primeiras práticas de magia (devido à descoberta do fogo). É nesse periodo que surgem os primeiros Sambaquis (encontrados principalmente nas regiões litorâneas da América do Sul), devido ao fato do homem ser nômade, e se alojar num determinado local até que se esgotassem os alimentos; amontoavam conchas, fogueiras, restos de animais. Eram também nesses locais que enterravam seus mortos junto a seus pertences (colares, vestes, ferramentas e cerâmicas).
A sociedade era formada por pequenos clãs, que dividiam as tarefas entre os sexos e idades. Havia apenas um líder, que servia como conselheiro. Este poderia ser o mais forte ou o mais velho. Interessante destacar que conforme algumas pesquisas antropológicas, a lidereança era uma tarefa que exigia trabalho e dedicação. Não era um privilégio, pois o líder tinha que obedecer aos membros do grupo.
Revolução agrícola: A primeira atividade agrícola ocorreu entre 9000 e 7000 a.C. em certos lugares privilegiados da Sírio-Palestina, do sul da Anatólia e do norte da Mesopotâmia (no chamado Crescente Fértil). Aconteceu também na Índia (há 8 mil anos), na China (7 mil), na Europa (6.500), na África Tropical (5 mil) e nas Américas (México e Peru) (4.500). Em 3000 a.C., a revolução neolítica já tinha atingido a Península Ibérica e grande parte da Europa.
Os produtos cultivados variavam de região para região, mas geralmente consistiam em cereais (trigo e cevada) no Crescente Fértil e na Europa, o milho, raízes (batata-doce e mandioca) na América e o arroz na Ásia, principalmente. O Homem foi aprendendo então a selecionar as melhores plantas para a semeadura e a promover o enxerto de variedades.
Além dos conhecimentos práticos referentes a tipos de solo, plantas adequadas e épocas de cultivo, foram desenvolvidas invenções importantíssimas e práticas como a cerâmica, a foice, o arado, a roda, o barco a vela, a tecelagem e a cerveja.
Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos humanos descobriram a técnica de produção de cerâmica pelo aquecimento da argila. Na mesma época aprenderam a converter fibras naturais em fios e estes em tecidos. Aos poucos começaram a trabalhar com metais para produzir instrumentos. Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica, metais e tecelagem tornaram-se artesãos. Eram os primeiros sinais de mais uma divisão social do trabalho (antes apenas entre homens e mulheres). A diversidade na produção, a especialização do trabalho e as novas funções na sociedade contribuíram para que algumas comunidades de agricultores se transformassem em vilas e cidades, constituindo o que alguns historiadores chamaram de Revolução Urbana.
Domesticação dos animais: Para além da agricultura, a criação de animais foi outro passo muito importante para a alteração do modo de vida do Homem, pois deu a ele não só a possibilidade de não ter de se deslocar para obter a carne e as peles necessárias à sua alimentação e conforto, mas também o leite e, com a domesticação do boi, uma força para tração. A domesticação deve ter surgido espontaneamente em vários locais, resultado da evolução natural de aproximação e observação dos animais no decurso das caçadas. O primeiro animal domesticado foi o cão, seguindo-se animais para a alimentação, como a cabra, o carneiro, o boi e o cavalo.
Comércio: O aumento da produção criou excedentes e permitiu as trocas de produtos, que dão origem ao comércio. Privativamente a atividade do comércio se faz de comunidade para comunidade em meio de seus chefes. Pouco a pouco, porém, forma-se um grupo de indivíduos especializados em vender e comprar mercadorias. O comércio, por sua vez, aproxima vendedores e compradores, favorecendo o desenvolvimento das cidades.
As primeiras cidades são por vezes consideradas grandes acampamentos permanentes nos quais os seus habitantes não são mais simplesmente agricultores da área que cerca o acampamento, mas passaram a trabalhar em ocupações mais especializadas na cidade, onde o comércio, o estoque da produção agrícola e o poder foram centralizados. Sociedades que vivem em cidades são frequentemente chamadas de civilizações. Isto foi possível, segundo diversos especialistas em geografia e história urbana, graças ao domínio da agricultura e da domesticação de animais para pecuária, movimento conhecido como revolução neolítica.
Ocupação humana dos continentes ou as Migrações Humanas:
Uma das características mais acentuadas do gênero Homo é sua tendência para ocupar novos espaços (habitats). Assim se explica a gradual difusão do Homo erectus desde as "bases" africanas e/ou asiáticas. A migração deve ter sido processo lento, realiazadas, talvez, por sucessivas gerações que buscavam novos territórios de caça.
A difusão do Homo erectus através da África, da Europa e da Ásia resultou na separação dos diferentes grupos de populações, desenrolando-se, assim, uma série de características - ou símbolos de identidade - regionais. Alguns grupos tiveram que se adaptar aos climas temperados, o que explica, talvez, o uso deliberado do fogo como fonte de calor e mais tarde como elemento para a preparação de alimentos. Neste sentido, assistimos a uma progressiva expansão por todo o Mundo antigo, com exceção das regiões mais ao norte, com as descobertas recentes indicam a existência de grandes "províncias" antropológicas, nas quais as populações evoluíram de forma independente, adaptando-se ao meio, mas sem um corte radical entre as mesmas. Os últimos erectus desapareceram aproximadamente há 300 mil anos. As comunidades posteriores de homo sapiens sapiens sofreram uma diversificação adaptativa em função das diferentes geografias e climas que colonizaram. Esta diversificação está na origem das variações atuais. No decorrer desta fase recente da sua evolução, a Humanidade reforçou esta expansão. A Austrália foi ocupada provavelmente há 40 mil anos, a América há mais de 20 mil. Mais recentemente e graças ao desenvolvimento técnico, as ilhas do Pacífico foram alcançadas e as regiões mais frias do hemisfério norte foram ocupadas.
Fontes deste texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Neol%C3%ADtica (acesso em 04/05/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%87atalh%C3%BCy%C3%BCk (acesso em 04/05/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_cidades (aceso em 21/03/2011)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Genoma_Humano (acesso em 21/03/2011)
http://www.infopedia.pt/$as-migracoes-humanas-no-paleolitico (acesso em 21/03/2011)
Falar sobre tempos antigos como a pré-história pode parecer chato e desinteressante para muitos. No entanto, poderemos encontrar coisas interessantes. Este período é o mais longo dos tempos históricos. Já vimos que ele se inicia com o aparecimento dos primeiros hominídeos e termina com o surgimento dos primeiros sistemas de escrita, primeiras cidades e o Estado. Desse recorte de tempo com milhões de anos, podemos destacar diversos aspectos, que por necessidade de nosso curso serão apenas dois: a revolução neolítica (revolução agrícola)e a ocupação humana dos continentes (primeiras migrações humanas).
Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola
É como o arqueólogo inglês Gordon Childe chamou o movimento que marcou o fim dos povos nômades e o inicio da sedentarização do homo sapiens, com o aparecimento das primeiras vilas e cidades. No Período Paleolítico, os grupos nômades não possuíam moradias fixas. Já no Neolítico e na Idade dos Metais, as sociedades humanas desenvolveram técnicas de cultivo agrícola e passaram a ter condições de armazenar alimentos. Assim os grupos humanos passaram a se fixar por mais tempo em uma região e a se deslocarem com menor frequência.
Foi uma transformação que levou o homo sapiens a se fixar definitivamente em um local e o adaptar às suas necessidades, tendo por base uma economia produtora. O processo de transformação da relação do Homem com os animais e plantas proporcionou um maior controle das fontes de alimentação.
Sociedades Nômades: O nomadismo é a prática dos povos nômades, ou seja, que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar. São povos caçadores-coletores, mudando-se constantemente à procura de alimentos, acompanhavam as movimentações dos animais que pretendiam caçar, procuravam os locais onde existiam frutos ou plantas a recolher e necessitavam defender-se das condições climáticas ou dos predadores.
Os instrumentos fabricados por esses grupos eram, na maioria, de pedra e osso. Alguns eram lascados para formar bordas cortantes e facilitar a obtenção de alimentos e defesa. A alimentação era composta basicamente de frutos, raízes, ervas, peixes e pequenos animais capturados com a ajuda de armadilhas rudimentares.
No Período Paleolítico, as pessoas abrigavam-se em cavernas ou em espécies de choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas. Também usavam tendas de animais na entrada das cavernas.
A sociedade já possuía uma certa organização social e a família já tinha importância. Descobrem e dominam o fogo, possuem uma linguagem rudimentar, indícios de rituais funerários e desenvolvem as primeiras práticas de magia (devido à descoberta do fogo). É nesse periodo que surgem os primeiros Sambaquis (encontrados principalmente nas regiões litorâneas da América do Sul), devido ao fato do homem ser nômade, e se alojar num determinado local até que se esgotassem os alimentos; amontoavam conchas, fogueiras, restos de animais. Eram também nesses locais que enterravam seus mortos junto a seus pertences (colares, vestes, ferramentas e cerâmicas).
A sociedade era formada por pequenos clãs, que dividiam as tarefas entre os sexos e idades. Havia apenas um líder, que servia como conselheiro. Este poderia ser o mais forte ou o mais velho. Interessante destacar que conforme algumas pesquisas antropológicas, a lidereança era uma tarefa que exigia trabalho e dedicação. Não era um privilégio, pois o líder tinha que obedecer aos membros do grupo.
Revolução agrícola: A primeira atividade agrícola ocorreu entre 9000 e 7000 a.C. em certos lugares privilegiados da Sírio-Palestina, do sul da Anatólia e do norte da Mesopotâmia (no chamado Crescente Fértil). Aconteceu também na Índia (há 8 mil anos), na China (7 mil), na Europa (6.500), na África Tropical (5 mil) e nas Américas (México e Peru) (4.500). Em 3000 a.C., a revolução neolítica já tinha atingido a Península Ibérica e grande parte da Europa.
Os produtos cultivados variavam de região para região, mas geralmente consistiam em cereais (trigo e cevada) no Crescente Fértil e na Europa, o milho, raízes (batata-doce e mandioca) na América e o arroz na Ásia, principalmente. O Homem foi aprendendo então a selecionar as melhores plantas para a semeadura e a promover o enxerto de variedades.
Além dos conhecimentos práticos referentes a tipos de solo, plantas adequadas e épocas de cultivo, foram desenvolvidas invenções importantíssimas e práticas como a cerâmica, a foice, o arado, a roda, o barco a vela, a tecelagem e a cerveja.
Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos humanos descobriram a técnica de produção de cerâmica pelo aquecimento da argila. Na mesma época aprenderam a converter fibras naturais em fios e estes em tecidos. Aos poucos começaram a trabalhar com metais para produzir instrumentos. Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica, metais e tecelagem tornaram-se artesãos. Eram os primeiros sinais de mais uma divisão social do trabalho (antes apenas entre homens e mulheres). A diversidade na produção, a especialização do trabalho e as novas funções na sociedade contribuíram para que algumas comunidades de agricultores se transformassem em vilas e cidades, constituindo o que alguns historiadores chamaram de Revolução Urbana.
Domesticação dos animais: Para além da agricultura, a criação de animais foi outro passo muito importante para a alteração do modo de vida do Homem, pois deu a ele não só a possibilidade de não ter de se deslocar para obter a carne e as peles necessárias à sua alimentação e conforto, mas também o leite e, com a domesticação do boi, uma força para tração. A domesticação deve ter surgido espontaneamente em vários locais, resultado da evolução natural de aproximação e observação dos animais no decurso das caçadas. O primeiro animal domesticado foi o cão, seguindo-se animais para a alimentação, como a cabra, o carneiro, o boi e o cavalo.
Comércio: O aumento da produção criou excedentes e permitiu as trocas de produtos, que dão origem ao comércio. Privativamente a atividade do comércio se faz de comunidade para comunidade em meio de seus chefes. Pouco a pouco, porém, forma-se um grupo de indivíduos especializados em vender e comprar mercadorias. O comércio, por sua vez, aproxima vendedores e compradores, favorecendo o desenvolvimento das cidades.
As primeiras cidades são por vezes consideradas grandes acampamentos permanentes nos quais os seus habitantes não são mais simplesmente agricultores da área que cerca o acampamento, mas passaram a trabalhar em ocupações mais especializadas na cidade, onde o comércio, o estoque da produção agrícola e o poder foram centralizados. Sociedades que vivem em cidades são frequentemente chamadas de civilizações. Isto foi possível, segundo diversos especialistas em geografia e história urbana, graças ao domínio da agricultura e da domesticação de animais para pecuária, movimento conhecido como revolução neolítica.
Ocupação humana dos continentes ou as Migrações Humanas:
Uma das características mais acentuadas do gênero Homo é sua tendência para ocupar novos espaços (habitats). Assim se explica a gradual difusão do Homo erectus desde as "bases" africanas e/ou asiáticas. A migração deve ter sido processo lento, realiazadas, talvez, por sucessivas gerações que buscavam novos territórios de caça.
A difusão do Homo erectus através da África, da Europa e da Ásia resultou na separação dos diferentes grupos de populações, desenrolando-se, assim, uma série de características - ou símbolos de identidade - regionais. Alguns grupos tiveram que se adaptar aos climas temperados, o que explica, talvez, o uso deliberado do fogo como fonte de calor e mais tarde como elemento para a preparação de alimentos. Neste sentido, assistimos a uma progressiva expansão por todo o Mundo antigo, com exceção das regiões mais ao norte, com as descobertas recentes indicam a existência de grandes "províncias" antropológicas, nas quais as populações evoluíram de forma independente, adaptando-se ao meio, mas sem um corte radical entre as mesmas. Os últimos erectus desapareceram aproximadamente há 300 mil anos. As comunidades posteriores de homo sapiens sapiens sofreram uma diversificação adaptativa em função das diferentes geografias e climas que colonizaram. Esta diversificação está na origem das variações atuais. No decorrer desta fase recente da sua evolução, a Humanidade reforçou esta expansão. A Austrália foi ocupada provavelmente há 40 mil anos, a América há mais de 20 mil. Mais recentemente e graças ao desenvolvimento técnico, as ilhas do Pacífico foram alcançadas e as regiões mais frias do hemisfério norte foram ocupadas.
Fontes deste texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Neol%C3%ADtica (acesso em 04/05/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%87atalh%C3%BCy%C3%BCk (acesso em 04/05/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_cidades (aceso em 21/03/2011)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Genoma_Humano (acesso em 21/03/2011)
http://www.infopedia.pt/$as-migracoes-humanas-no-paleolitico (acesso em 21/03/2011)
domingo, 13 de março de 2011
Terceiro Texto
•Problematizando a Pré-História.
O conhecimento científico sobre a Pré-História sofreu grandes mudanças ao longo do século XX. A partir de 1970, sobretudo, novos estudos interdisciplinares (1)enriqueceram esse campo de análise. Anteriormente entendida como estudo das sociedades inferiores, por não terem desenvolvido sistemas de escrita, essa concepção de Pré-História foi duramente criticada com o avanço das pesquisas na área, principalmente pelo fato de levar à preconceituosa hierarquização de grupos sociais – pré-históricos e históricos –, a partir do desenvolvimento da escrita. Concebida, tradicionalmente, como um marco divisório entre sociedades desenvolvidas e não desenvolvidas, civilizadas e não civilizadas, a escrita não mais tem sido percebida desta maneira. A crítica a esse modelo, em beneficio de compreensões mais plurais e inclusivas das experiências humanas, tem marcado os estudos acadêmicos sobre a Pré-História.
A convicção de que a história tem início com a “invenção” da escrita e de que a Pré-História corresponderia ao período que a ela antecede está baseada na idéia de que só são documentos históricos os documentos escritos, entendidos como marcos que assinalariam a passagem do estágio de barbárie para as sociedades civilizadas. Em outras palavras, isto significa que a humanidade teria evoluído em etapas que se sucediam, de sociedades mais simples (sem escrita) para sociedades mais complexas (com escrita), e são essas as referências que aparecem em diferentes produções didáticas.
As ideias que ligam a Pré-História ao atraso tecnológico e à inexistência de sistemas de organização social, contraposta às sociedades entendidas como mais desenvolvidas sustentavam, no século XIX, os discursos imperialistas de diferentes países, como Inglaterra e França, por exemplo: a ideia de grupamentos humanos superiores e inferiores, civilizados e não-civilizados esteve na base das missões imperiais civilizadoras e conferiu aos “colonizadores” o direito de “levar a paz”, “estabelecer a ordem” e fazer imperar aos “colonizados” os ditames do “progresso”.
•As fontes do conhecimento sobre a Pré-História;
A crítica a esse modelo de análise abriu caminho a abordagens mais plurais da experiência humana. Por exemplo, a análise interdisciplinar de fósseis, de pinturas rupestres (2), artefatos e diferentes vestígios materiais, considerando a sua proveniência, datação, contexto material em que foram encontrados etc., desempenhou um papel significativo na renovação dos estudos sobre a época pré-histórica.
O conhecimento que se tem da Pré-História advém de diferentes áreas que, muitas vezes se cruzem na busca de procurar respostas para questões a ela relacionadas.
Material lítico (3), fósseis, pinturas, vestígios de fogueiras, espaços de cultos etc. podem ser associados aos diferentes campos de investigação e às suas relações entre diversas áreas do conhecimento como História, Geografia, Arqueologia, Zoologia, Paleontologia, Química, Biologia, Artes entre outras. Será, portanto da ligação de diferentes explicações dadas por estas diferentes áreas que poderemos entender a Pré-História e, aliás, qualquer outra época também, uma vez que não é apenas um único conhecimento que será capaz de explicar completamente algo.
FONTE: Texto pesquisado pelo Prof. Vitor nas apostilas da SEE-SP da área de História – 2008/2009
(1).Interdisciplinar: que envolve várias disciplinas ou áreas de conhecimento.
(2).Rupestre: feito sobre as rochas.
(3).Lítico: relativo a pedra.
O conhecimento científico sobre a Pré-História sofreu grandes mudanças ao longo do século XX. A partir de 1970, sobretudo, novos estudos interdisciplinares (1)enriqueceram esse campo de análise. Anteriormente entendida como estudo das sociedades inferiores, por não terem desenvolvido sistemas de escrita, essa concepção de Pré-História foi duramente criticada com o avanço das pesquisas na área, principalmente pelo fato de levar à preconceituosa hierarquização de grupos sociais – pré-históricos e históricos –, a partir do desenvolvimento da escrita. Concebida, tradicionalmente, como um marco divisório entre sociedades desenvolvidas e não desenvolvidas, civilizadas e não civilizadas, a escrita não mais tem sido percebida desta maneira. A crítica a esse modelo, em beneficio de compreensões mais plurais e inclusivas das experiências humanas, tem marcado os estudos acadêmicos sobre a Pré-História.
A convicção de que a história tem início com a “invenção” da escrita e de que a Pré-História corresponderia ao período que a ela antecede está baseada na idéia de que só são documentos históricos os documentos escritos, entendidos como marcos que assinalariam a passagem do estágio de barbárie para as sociedades civilizadas. Em outras palavras, isto significa que a humanidade teria evoluído em etapas que se sucediam, de sociedades mais simples (sem escrita) para sociedades mais complexas (com escrita), e são essas as referências que aparecem em diferentes produções didáticas.
As ideias que ligam a Pré-História ao atraso tecnológico e à inexistência de sistemas de organização social, contraposta às sociedades entendidas como mais desenvolvidas sustentavam, no século XIX, os discursos imperialistas de diferentes países, como Inglaterra e França, por exemplo: a ideia de grupamentos humanos superiores e inferiores, civilizados e não-civilizados esteve na base das missões imperiais civilizadoras e conferiu aos “colonizadores” o direito de “levar a paz”, “estabelecer a ordem” e fazer imperar aos “colonizados” os ditames do “progresso”.
•As fontes do conhecimento sobre a Pré-História;
A crítica a esse modelo de análise abriu caminho a abordagens mais plurais da experiência humana. Por exemplo, a análise interdisciplinar de fósseis, de pinturas rupestres (2), artefatos e diferentes vestígios materiais, considerando a sua proveniência, datação, contexto material em que foram encontrados etc., desempenhou um papel significativo na renovação dos estudos sobre a época pré-histórica.
O conhecimento que se tem da Pré-História advém de diferentes áreas que, muitas vezes se cruzem na busca de procurar respostas para questões a ela relacionadas.
Material lítico (3), fósseis, pinturas, vestígios de fogueiras, espaços de cultos etc. podem ser associados aos diferentes campos de investigação e às suas relações entre diversas áreas do conhecimento como História, Geografia, Arqueologia, Zoologia, Paleontologia, Química, Biologia, Artes entre outras. Será, portanto da ligação de diferentes explicações dadas por estas diferentes áreas que poderemos entender a Pré-História e, aliás, qualquer outra época também, uma vez que não é apenas um único conhecimento que será capaz de explicar completamente algo.
FONTE: Texto pesquisado pelo Prof. Vitor nas apostilas da SEE-SP da área de História – 2008/2009
(1).Interdisciplinar: que envolve várias disciplinas ou áreas de conhecimento.
(2).Rupestre: feito sobre as rochas.
(3).Lítico: relativo a pedra.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Acompanhe suas notas de História
Pessoal publico nas páginas (veja sua classe no lado direito), clique na sua classe e depois clique na imagem para ampliá-la.
Boa sorte!
Boa sorte!
terça-feira, 1 de março de 2011
IDENTIDADE - MEMÓRIA - SER HUMANO e HISTÓRIA
Quatro ideias:
Identidade e memória são duas ideias que pertencem a um indivíduo. Aqui vamos tentar pensar nelas também como sendo do coletivo, de vários indivíduos, da sociedade. Originalmente são conceitos interdisciplinares (pertencem a mais de uma disciplina: psicologia, história, sociologia, antropologia e outros), vamos tentar entendê-los em nossa disciplina: história.
Identidade é um substantivo com mais de um significado, vejamos o que um dicionário dá como significado: “1. Qualidade de idêntico; 2. Paridade absoluta; 3. Circunstância de um indivíduo ser aquele que diz ser ou aquele que outrem presume que ele seja; 4. Circunstância de um cadáver ser o de determinada pessoa; 5. Álg. Equação cujos dois membros são identicamente os mesmos.” Assim, podemos concluir que para uma pessoa identidade é a coisa que a identifica, que dá qualidades que são dela. Exemplificando:
E a memória? Vejamos, para uma pessoa é a lembrança, a recordação. Para o coletivo é a comemoração.
Para a história, assim como deveria ser para todas as áreas do conhecimento, seres humanos não têm raças distintas. É apenas uma raça: “HOMO SAPIENS”, branco, negro, amarelo e vermelho, não são raças humanas, são apenas características de cor da pele, definem a aparência de etnias. Ser humano é racional, produtor de cultura, o único animal que se adapta para viver em qualquer espaço do planeta, quer seja no frio dos pólos, no calor dos desertos, nas exóticas florestas tropicais ou nas violentas periferias das grandes metrópoles urbanas.
Finalmente sobre as diferentes compreensões da história. Penso que inicialmente devemos entender que não se pode pensar em história assim sozinha. Há sempre história de algo ou de alguém. História também é um conceito plural, pois existem sempre diferentes pontos de visto sobre os acontecimentos. História enquanto uma disciplina do conhecimento deve sempre ligar-se ao real, ao que de fato aconteceu.
Bem, espero que estes pensamentos ajudem a pensar a matéria ao longo deste ano letivo.
Vitor Alberto – 1º de março de 2011.
Identidade e memória são duas ideias que pertencem a um indivíduo. Aqui vamos tentar pensar nelas também como sendo do coletivo, de vários indivíduos, da sociedade. Originalmente são conceitos interdisciplinares (pertencem a mais de uma disciplina: psicologia, história, sociologia, antropologia e outros), vamos tentar entendê-los em nossa disciplina: história.
Identidade é um substantivo com mais de um significado, vejamos o que um dicionário dá como significado: “1. Qualidade de idêntico; 2. Paridade absoluta; 3. Circunstância de um indivíduo ser aquele que diz ser ou aquele que outrem presume que ele seja; 4. Circunstância de um cadáver ser o de determinada pessoa; 5. Álg. Equação cujos dois membros são identicamente os mesmos.” Assim, podemos concluir que para uma pessoa identidade é a coisa que a identifica, que dá qualidades que são dela. Exemplificando:
E a memória? Vejamos, para uma pessoa é a lembrança, a recordação. Para o coletivo é a comemoração.
Para a história, assim como deveria ser para todas as áreas do conhecimento, seres humanos não têm raças distintas. É apenas uma raça: “HOMO SAPIENS”, branco, negro, amarelo e vermelho, não são raças humanas, são apenas características de cor da pele, definem a aparência de etnias. Ser humano é racional, produtor de cultura, o único animal que se adapta para viver em qualquer espaço do planeta, quer seja no frio dos pólos, no calor dos desertos, nas exóticas florestas tropicais ou nas violentas periferias das grandes metrópoles urbanas.
Finalmente sobre as diferentes compreensões da história. Penso que inicialmente devemos entender que não se pode pensar em história assim sozinha. Há sempre história de algo ou de alguém. História também é um conceito plural, pois existem sempre diferentes pontos de visto sobre os acontecimentos. História enquanto uma disciplina do conhecimento deve sempre ligar-se ao real, ao que de fato aconteceu.
Bem, espero que estes pensamentos ajudem a pensar a matéria ao longo deste ano letivo.
Vitor Alberto – 1º de março de 2011.
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