terça-feira, 25 de outubro de 2011

Civilizações Africanas até o século XV

Uma divisão cultural e histórica da África

Os historiadores europeus dividiam a África cultural e historicamente em duas: uma África branca ao norte, com contatos constantes com a Europa e a Ásia (a região da Palestina) e uma África negra ao sul do deserto do Saara, isolada e sem contanto com o mundo pretensamente civilizado.

O critério da cor para se falar de seres humanos merece críticas. Os seres humanos somos todos de uma mesma raça com diferentes etnias facilmente percebidas por uma característica externa, a pigmentação da pele. No entanto associou-se a pigmentação da pele dos europeus à cor branca, a dos africanos à negra, asiáticos à amarela e indígenas americanos à cor vermelha. Ideologicamente é feita uma leitura onde à cor branca associam-se aspectos positivos e à negra aspectos negativos.

Uma possibilidade de se entender e estudar a África é buscar características específicas da África e não modelos externos a ela. Assim, existe a proposta de dividir-se a África em uma África mediterrânica (Argélia, Marrocos, Líbia, Tunísia e Egito), de fato pela proximidade com maior influência tanto europeia quanto muçulmana e outra, localizada ao sul do Saara, onde, com exceção da África do Sul, em que a população de origem não africana (europeia e asiática é de quase 20%) nos demais essa população não africana é de menos de 5% e em muitas regiões inexistente, tornando a África subsaariana um grupo histórica e culturalmente africano, embora dividido em grupos culturais com especificidades distintas.

África mediterrânica

As informações mais antigas acerca dos povos africanos referem-se ao Egito, onde floresceu a 5 mil anos, no vale do rio Nilo, uma civilização que durou mais de 2 mil anos e deixou algumas marcas de sua grandeza, com grandiosas obras arquitetônicas e artísticas conservadas até a atualidade. Ainda na região do Nilo, outra civilização grandiosa foi a Núbia (750 a.C.), localizada na forquilha formada pelo encontro do Nilo Branco com Nilo Azul. Nessa região localizada no atual Sudão, houve sucessivos reinos que se impuseram sobre seus vizinhos.

Desde o início da era cristã, temos notícias de cristãos e judeus, tanto no delta do rio Nilo (Alexandria) como no Sudão e na Etiópia.

Mais tarde, após o século VII e VIII (após o ano 650) com a expansão muçulmana essa região é dominada pelos árabes.

O Saara, ao contrário do que os europeus pensavam sempre foi habitado por inúmeras tribos de “tuaregues”, um povo nômade que especializou-se na domesticação de camelos e atravessa o deserto de norte a sul e de leste a oeste a milênios. São eles os responsáveis pela ligação comercial e cultural entre o norte mediterrânico e o restante da África.

Os comerciantes tuaregues ligavam toda a região ao norte islamizado da África. Eles foram os principais difusores do islã por toda essa região que corresponde mais ou menos aos atuais países do Sudão, Chade, Níger, Mali, Burkina-Faso, Mauritânia e a região do Saara Ocidental no Marrocos. Foi aí que se formaram os antigos impérios de Gana (séculos VI a XIII), Mali (séculos XIII a XVII) e Songai (séculos XVII e XVIII).

África subsaariana

Os grandes impérios e civilizações que se organizaram nesta região foram mais ricas e exuberantes nas margens dos rios Níger e Senegal (na África ocidental) e Congo e Cuenza (na África central). A margem desses rios eram extremamente férteis e possibilitando a agricultura e a comunicação. Esses rios também favoreciam as atividades comerciais, que se serviam deles como vias de locomoção. As canoas eram os principais meios para transportar as cargas das caravanas que iam e vinham ligando as áreas de floresta ao deserto e aos portos do Mediterrâneo, aos quais as mercadorias chegavam em lombos de camelo.

Na região que abrange do leste do rio volta até o delta do Níger – terra dos (...)povos iorubas e muitos outros – existiam reinos, cujos chefes controlavam áreas consideráveis, se cercavam de pompa e privilégios, promoviam a construção de edifícios elaborados e estimulavam a confecção de objetos que impressionam até hoje pela beleza. Esses reinos tinham ligações entre si e com Ifé, espécie de cidade-mãe na qual se originaram as formas de organização política e social das outras cidades da chamada Iorubalândia ou Iorubo. Dessa região saiu grande parte dos africanos traficados para a América como escravos, por causa das vantagens que apresentava, como a abundância de oferta. Esses eram os prisioneiros das guerras entre diferentes grupos locais, vendidos aos comerciantes europeus.

Mais ao sul, na região do rio Congo, viviam e vivem, povos que chamamos de bantos, que tem uma origem comum, falam línguas semelhantes, e suas religiões e maneiras de se organizar são parecidas. Eles teriam partido do atual Camarões, de onde se espalharam por toda a África central, oriental e do sul, onde antes viviam povos com um tipo físico diferente, de baixa estatura e cujo idioma era caracterizado pela emissão de estalidos. Esses povos eram nômades e viviam de caçar e coletar o que encontravam na natureza. A partir de 1500 a.C. foram afastados ou se misturaram a grupos bantos, que fizeram a maior migração que se tem notícia na África... Eles eram agricultores, sabiam fazer instrumentos de ferro e iam ocupando terras desabitadas, se misturando aos antigos moradores ou expulsando-os para outros lugares.

Nas bacias dos rios Congo e Cuanza e nas terras ao redor também havia, como na África ocidental, uma variedade de povos falando línguas aparentadas, com modos de vida semelhantes.

Mais ao sul viviam os remanescentes dos povos coletores e caçadores desalojados pelos bantos, os bosquímanos e também os hotetontes, que haviam aprendido a pastorear o gado.

Fonte: Souza, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, 2ª Ed., São Paulo, Ática, 2007, pp.14-23.

A África inventada

Os livros escolares de história na Europa Ocidental e inclusive no Brasil tem dado ao continente africano e às suas gentes um tratamento errado, escondendo a complexidade e a dinâmica cultural própria da África, tornando possível o apagamento de suas características especiais em relação ao continente europeu e mesmo o nosso.

Essas diferenças são tratadas segundo um modelo de organização social e política, bem como de padrões culturais próprios da civilização européia ocidental. Dessa forma os africanos são enquadrados num grau inferior de uma escala evolutiva que classifica os povos como primitivos e civilizados.

A África é entendida como se num passado remoto tivesse havido uma divisão entre uma chamada África branca com características mais próximas das ocidentais, mediterrâneas, e uma África negra, que se ignoravam mutuamente porque separados pelo deserto do Saara, ficavam privadas de comunicação.

Torna-se, portanto, evidente a existência de duas Áfricas com aspectos geográficos diferentes, classificadas em estágios de desenvolvimento diversos, povoadas por etnias distintas, branca e negra e, por fim, uma com e a outra sem história. Nessa perspectiva a África ao sul do Saara, até hoje conhecida como África negra, é identificada por um conjunto de imagens que resulta em um todo indiferenciado, exótico, primitivo, dominado, regido pelo caos e geograficamente impenetrável. Assim, a historiografia escolar do mundo ocidental coloca como início da história africana, como referência inicial o início do tráfico negreiro e da colonização da América, reforçando estereótipos raciais presentes até os nossos dias, que pode ser resumida na inferioridade da etnia africana e de seus descendentes.

A partir do momento em que foram utilizadas as noções de “brancos” e “negros” para nomear, de maneira genérica, os europeus colonizadores e os africanos colonizados, os segundos têm de enfrentar uma “dupla servidão”: como ser humano e no mundo do trabalho. O negro marcado pela pigmentação da pele, transformado em mercadoria e destinado a diversas formas compulsórias de trabalho, também é símbolo de uma essência racial imaginária, ilusoriamente inferior.

Fontes: Hernandez, Leila Leite. A África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed. São Paulo, Selo Negro, 2008, pp. 17-23

Mapa da África - verifique lista abaixo


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Fonte: http://www.luventicus.org/mapaspt/africa.html
Acesso: 22/10/2011

A África e suas divisões - verifique o mapa acima

Todos os 53 países:

1 – África do Sul
2 – Angola
3 – Argélia
4 – Benin
5 – Botswana
6 – Burkina Faso
7 – Burundi
8 – Cabo Verde
9 – Camarões
10 – Chade
11 – Comores
12 – Congo
13 - Costa do Marfim
14 – Djibouti
15 – Egito
16 – Eritreia
17 – Etiópia
18 – Gabão
19 – Gâmbia
20 – Gana
21 – Guiné
22 – Guiné-Equatorial
23 – Guiné-Bissau
24 – Lesoto
25 – Libéria
26 – Líbia
27 - Madagáscar
28 – Malawi
29 – Mali
30 – Marrocos
31 – Maurícia
32 – Mauritânia
33 – Moçambique
34 – Namíbia
35 – Níger
36 – Nigéria
37 – Quênia
38 – República Centro-Africana
39 – República Democrática do Congo;
40 – Ruanda
41 – São Tomé e Príncipe
42 – Senegal
43 – Serra Leoa
44 – Seychelles
45 – Somália
46 – Suazilândia
47 – Sudão
48 – Tanzânia
49 – Togo
50 – Tunísia
51 - Uganda;
52 – Zâmbia
53 – Zimbabwe

África Subsaariana – 47 países
África do Sul (1); Angola (2); Benin (4); Botswana (5); Burkina-Faso (6); Burundi (7); Cabo Verde (8); Camarões (9); Chade (10); Comores (11); Congo (12); Costa do Marfim (13); Djibouti (14); Eritreia (16); Etiópia (17); Gabão (18); Gâmbia (19); Gana (20); Guiné (21); Guiné Equatorial (22); Guiné-Bissau (23); Lesoto (24); Libéria (25); Madagáscar (27); Malawi (28); Mali (29); Maurícia (31); Moçambique (32); Namíbia (33); Níger (34); Nigéria (35); Quênia (37); República Centro-Africana (38); República Democrática do Congo (39); Ruanda (40); São Tomé e Príncipe (41); Senegal (42); Serra Leoa (43); Seychelles (44); Somália (45); Suazilândia (46); Sudão (47); Tanzânia (48); Togo (49); Uganda (51); Zâmbia (52); Zimbabwe (53).

Mediterrânica – 5 países
Argélia (3); Egito (15); Líbia (26); Marrocos (30) e Tunísia (50).

África Setentrional – 6 países
Argélia (3); Egito (15); Líbia (26); Marrocos (30); Mauritânia (32); Tunísia (50).

África Central – 12 países
Angola (2); Burundi (7); Camarões (9); Chade (10); Congo (12); Gabão (18); Guiné Equatorial (22); República Centro-Africana (38); República Democrática do Congo (39); Ruanda (40); São Tomé e Príncipe (41); Zâmbia (52).

África Ocidental – 21 países
Benin (4); Burkina Faso (6); Cabo Verde (8); Camarões (8); Costa do Marfim (13); Gabão (18); Gâmbia (19); Gana (20); Guiné (21); Guiné Equatorial (22); Guiné-Bissau (23); Libéria (25); Mali (29); Níger (35); Nigéria (36); São Tomé e Príncipe (41); Senegal (42); Serra Leoa (43); Togo (49).

África Oriental – 13 países
Djibout (14)i; Eritreia (16); Etiópia (17); Madagáscar (27); Malawi (28); Moçambique (33); Quênia (37); Ruanda (40); Somália (45); Sudão (47); Tanzânia (48); Uganda (51).

África Meridional – 13 países
África do Sul (1); Botswana (5); Comores (11); Lesoto (24); Madagáscar (27); Maurícia (31); Namíbia (34); Suazilândia (46); Zimbabwe (53).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

História: passado presente.

O Feudalismo e o Brasil
Hilário Franco Junior


Os historiadores chamam de Idade Média o período que, na Europa, foi mais ou menos do ano 500 ao 1500.


Época e local muito afastados, e por isso pouco importantes para o Brasil? Não!
Apesar de naquele momento nosso país ter sido habitado apenas por tribos indígenas quase pré-históricas, a cultura medieval aqui penetrou com força depois da chegada dos europeus.

É por isso que em pleno século XXI ainda temos muito de medieval, mesmo sem percebermos.
Lembremos alguns exemplos:

O nome Brasil foi tomado de uma famosa terra mítica para os homens da Idade Média.

O cristianismo católico adotado pela maior parte de nossa população tornou-se definitivamente vitorioso naquela época.

Nosso idioma também nasceu naquele período (assim como o inglês, o francês, o italiano, o espanhol), e no Brasil de hoje ainda falamos e escrevemos o português de forma mais parecida com o da Idade Média do que se faz em Portugal.

Somos um país de mestiços porque os colonizadores portugueses que vieram para cá também o eram, já que se misturavam com muçulmanos desde o século XI e com negros africanos desde o XV.

Mas a Idade Média está presente entre nós principalmente através da permanência de certos traços do feudalismo. Isto é, da organização social que predominou na Europa entre o ano 1000 e o 1300.

Da mesma forma que os senhores feudais, muitos brasileiros e, sobretudo os políticos, confundem seus interesses particulares com o interesse público.

Da mesma forma que naquela sociedade, as relações pessoais (ser amigo de alguém influente) tem mais peso que as relações institucionais (agir de acordo com a lei).

Da mesma forma que naquela época, temos uma enorme desigualdade na distribuição da riqueza, do conhecimento e do poder.

Fonte: http://pre-vestibular.arteblog.com.br/22863/O-FEUDALISMO-E-O-BRASIL/
(acesso 05/11/2009)

Com base nas informações deste texto e nas discussões de sala de aula escreva uma redação em que você sugira como pode o Brasil de hoje deixar de ser parecido com a Europa Medieval.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reis, cidades e comércio na Idade Média

Renascimento comercial e urbano e a formação das monarquias nacionais


Primeiro a ideia de renascer. Renascimento urbano, comercial entre os séculos XI e XV, e depois, mais tarde entre os séculos XIV e XVI, o renascimento científico, artístico e cultural. Estes “renascimentos” são sempre lembrados e citados nos livros e manuais escolares de história.
Mas, para que algo renasça, precisa obviamente morrer. Começo a tratar o assunto pelo primeiro renascimento, o comercial e urbano.
O comércio, enquanto uma atividade de troca entre os homens, essencial para a produção e o consumo de bens e mercadorias desapareceu?
As cidades, enquanto espaço de moradia de diversas pessoas próximas umas das outras, com tamanhos variados deixou de existir em algum momento?
Alguns historiadores afirmam que após o declínio do Império Romano do Ocidente com a chegada dos primeiros povos germânicos a partir dos séculos IV e V muitos passaram a viver nos campos. Mais tarde nos séculos IX e X com a chegada dos segundo grupo dos bárbaros (agora os vikings e magiares) e com o domínio muçulmano do Mar Mediterrâneo mais pessoas abandonam as cidades refugiando-se nos feudos (grandes propriedades rurais). Nos feudos, ainda segundo esta historiografia eram autossuficinetes, produzindo quase tudo o que necessitavam. Com isso as trocas comerciais desaparecem. Para estes historiadores, portanto, cidades e comércio despareceram na Europa Ocidental. É uma época de atraso econômico e de isolamento dos europeus presos a uma vida rural.
No entanto, os europeus ocidentais sempre mantiveram contato, pelo menos, com o Oriente Próximo e com o norte da África. Lembremos que no Oriente Próximo estava localizada Jerusalém e no norte da África ficava o celeiro do mundo antigo ocidental (o Egito).
Cidades nunca deixaram de realizar trocas comerciais. Produtos gerados na própria Europa Ocidental e/ou vindos do Oriente eram trocados. Com as Cruzadas houve aumento nestas trocas, verificado nas cidades da atual Itália (Veneza e Gênova). Estas cidades cresceram muito graças ao monopólio das produções asiáticas (especialmente as sedas e as especiarias). Além desse controle, em muitas cidades do norte da Europa (Londres, Hamburgo, Lubeck) seus comerciantes criaram associações de comerciantes as chamadas HANSAS, e algumas delas, especialmente na região da atual Alemanha (Hamburgo, Bremen, Lubeck e Rostock) criaram associações de hansas, na chamada LIGA HANSEÁTICA. Desta forma dois pólos comerciais estabelecem-se na Europa Ocidental, um ao sul e outro ao norte. A ligação entre estes dois polos fazia-se por rotas que atravessavam os vales da atual França, na região da atual Champagne e mais ao norte na região de Flandres (atualmente Holanda e Bélgica). Nos entroncamentos surgiram as grandes feiras medievais onde o encontro entre os mercadores destes dois pólos promoveu crescimento comercial. O aumento de transações promoveu a necessidade da utilização em larga escala de valores de troca (moedas e letras de câmbio).
Ao longo destas rotas multiplicavam-se os burgos, algumas antigas cidades romanas agora reativadas outras eram aglomerados que agora ganham importância.
Aliás a palavra "BURG" é de origem germânica, foi latinizada como "Burgo" que significa cidade. Os seus habitantes eram os burgueses. Mas hoje, quem é burguês?

E as monarquias nacionais?

Na Baixa Idade Média, na Europa Ocidental um novo modelo de organização da sociedade vai lentamente se formando, é o caso das monarquias nacionais. Os antigos reinos bárbaros, germânico-romanos, como foi o dos francos de Carlos Magno e de seus descendentes após a assinatura do Tratado de Verdun em 843.
Na Europa ocidental a peste negra, problemas de abastecimento, guerras e revoltas camponesas deixam aparentemente a região mergulhada numa situação de caos e desordem, milhares de pessoas morriam, fome, doenças, guerras...
Esse processo de formação dos Estados nacionais deve ser estudado caso a caso.
Algumas dos grandes países da atual Europa Ocidental surgiram nesse movimento da história: França, Inglaterra, Portugal e Espanha. Outros, como a Alemanha e Itália, por exemplo, têm um processo diferente surgindo mais tarde.
Estado Nacional é uma forma de governo (Estado) que engloba uma nação. E ai surge a necessidade de entender o que é uma nação. Primeiro é preciso ter claro que esse é mais um daqueles conceitos que para serem entendidos é preciso saber que, como diz Ernest Renan é uma dessas coisas que se faz num momento, num lugar, e se desfaz noutra época e, talvez num mesmo lugar. Ainda pensando junto com Renan, pode-se dizer que a nação é por parte do indivíduo um consentimento diário, uma identificação que encontramos diariamente. Sou desta nacionalidade por gostar de onde vivo, por ter esta crença religiosa, por ter este gosto esportivo, por falar esta língua, por ter esta história comum, enfim por ter estes aspectos que me dão uma identidade.
Mas seria este o conceito de nação que predominava na época da formação das Monarquias Nacionais que estudamos? Certamente que não: é outro tempo, é outro lugar, é outra cultura, portanto será outra a forma de entender o conceito de nação. Será possível, no século XXI descobrir que conceito faria o homem nos séculos XI ao XV? Não sei, mas tentemos...
Para os reis que desejavam fazer as monarquias, a nação era um território unificado, submetido a uma mesma lei criada por ele, pagando impostos determinados por ele e controlado por um exército nacional comandado por ele. Como pode ser visto era uma idéia um pouco diferente da atual. Em que aspectos, você consegue perceber?
Bibliografía pesquisada para fazer este textículo:



Renan, Ernest. O que é uma nação? – Conferência realizada na Sorbonne em 11 de março de 1882 disponível na internet http://www.unicamp.br/~aulas/VOLUME01/ernest.pdf (Acesso dia 03/10/11)

Vicentino, Claudio. História Geral e do Brasil, volume 1, Dorigo Gianpalolo, Editora Scipione, 2010

Berutti, Flavio. Caminhos do Homem, História Ensino Médio, volume 1,Base Editorial, 2010

Faria, Ricaro de Moura. Estudos de História, Ensino Médio, volume 1,Miranda, Mônica Liz e Campos, Helena Guimarães, FTD, 2010.

Alves, Alexandre. Conexões com a História, volume 1,Das origens do Homem à conquista do novo mundo, Editora Moderna, 2010