quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequeno texto para entender a Idade Média - 01

Durante a crise de Roma, a partir do terceiro século da era cristã, a economia baseava-se essencialmente em trocas de produtos artesanais produzidos na maioria nas cidades e alimentação (produtos agrícolas e animais) realizadas nas propriedades rurais (em latim tinham o nome de "vilae") .

Estas trocas freqüentes em Roma. Permaneceram durante a Alta Idade Média (Antiguidade Tardia) entre os séculos V até por volta do ano mil, quando houve um fato novo que alterará este funcionamento da economia: expedições guerreiras vindas do norte (vikings), do sul (árabes) e do leste (magiares) atacam a Europa Ocidental promovendo o terror (“No contexto das invasões bárbaras do século X, os bispos da província de Reims registraram: ‘Só há cidades despovoadas, mosteiros em ruínas ou incendiados, campos reduzidos ao abandono. Por toda a parte os homens são semelhantes a peixes do mar que se devoram uns aos outros’. Naquele tempo,as pessoas tinham a sensação de viver em uma odiosa atmosfera de desordens e de violência. O feudalismo medieval nasceu no seio de uma época conturbada. Em certa medida, nasceu dessas mesmas perturbações.” (Adaptado de BLOCH, Marc, A sociedade feudal, Lisboa: Edições 70, 1982, p. 19 in “Caderno do aluno, Ensino Médio”, MICELI, Paulo (org), São Paulo, Governo do Estado de são Paulo, SSE-SP, CENP, FDE, volume 3, p. 30).

Enquanto nas cidades, a sociedade compunha-se de uma elite formada pelas famílias mais antigas de um lado, e de trabalhadores livres (artesãos) e escravos e de um pequeno setor intermediário formado por pequenos comerciantes. Já nas vilae a sociedade era formada pelos proprietários, geralmente de origem urbana e de camponeses (os colonos). Havia assim, apenas dois grupos sociais: os nobres e os pobres, ou ainda,os que trabalham para comer e os que vivem no ócio, servidos pelos demais.

Na Idade Média, especialmente durante a Alta Idade Média, poucos sabiam ler, a escrita e leitura eram monopólio do clero. E, numa era em que não havia meios de comunicação, e todos eram “obrigados” a comparecer uma vez por semana à missa, era a Igreja que detinha o “controle” das mentes das comunidades medievais. Eles formulavam a ideologia dominante. Um exemplo pode ser localizado nos escritos do bispo Adalberto da cidade de Laon na França escreve sobre a sociedade medieval como sendo formada por três partes: “os que oram, os que guerreiam e os que trabalham”. Manipula as mentes sugerindo que existiria um estamento social (Estamentos sociais: “Constitui uma forma de estratificação social com camadas mais fechadas do que classes sociais, e mais abertas do que as castas, ou seja, possui maior mobilidade social que no sistema de castas, e menor mobilidade social do que no sistema de classes sociais.” Wikipedia, no verbete “estamento”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Estamento, acesso 14/09/2011) formado pelos membros do clero. No entanto, sabemos que o clero também ele apresentava-se dividido em “alto clero” (formado pelos membros da nobreza que por qualquer motivo optam por entrar para a Igreja) e “baixo clero” (formado pelas pessoas das classes populares).

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